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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Dados do Agribusiness - 5ª ed. do Informe do Agronegócio do IICA

Para quem gosta de ler relatórios, de obter mais informações sobre panorama agrícola e melhorar o seu processo decisório, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) divulgou, este mês, a quinta edição do Informe do Agronegócio, uma publicação semestral dirigida a técnicos, empresários, pesquisadores e todos aqueles que buscam informações sobre o agronegócio e temas relacionados.

Nessa edição, os leitores encontrarão artigos de opinião sobre a atual crise econômica global, os seus efeitos na segurança e na soberania alimentar, as expectativas sobre a retomada das discussões em Doha, a participação da mulher na agricultura, especificamente no agronegócio, o estado atual do seguro rural e a gestão de risco no Brasil, o panorama do comércio China-Brasil, as mudanças climáticas, experiências em agroecologia, relatórios de projetos de cooperação com entidades nacionais de ensino e pesquisa, entre outros.

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, o setor do agronegócio correspondeu em 2008:
28% do PIB nacional;
37% de empregos diretos e indiretos;
37% das exportações brasileiras.

Não podemos deixar de lado o setor que sempre sustentou o Brasil desde o seu descobrimento e que hoje projeta o país como um dos lídres mundiais no setor de alimentação. Pena que muito do que é produzido pelo Brasil é exportado in natura, sem nenhum processo produtivo industrializado e que muitas vezes serve de engorda de animais no exterior.

Para baixar o documento completo, clique aqui.

Fonte e mais informações agrícolas: IICA

Oportunidade estratégica: Governo quer internet banda larga em toda área rural até 2014

Quem monitora o seu ambiente de negócios sempre pode sair na frente dos seus concorrentes. Não precisa estar preparado, mas se tiver um bom articulador e investir nessas estratégias, pode colher bons lucros.

Em breve, o Ministério das Comunicações publicará nas próximas semanas portaria instituindo o Programa Nacional de Telecomunicações Rurais. Com isso, abrirá caminho para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) licitar frequências para as empresas oferecerem telefonia celular e internet banda larga nas áreas rurais.

De acordo com a minuta da portaria, divulgada em 21/07/09 pelo ministro Hélio Costa, uma das condições para que as empresas comprem as frequências é que elas ofereçam os serviços em toda a área rural de sua prestação em cinco anos. O documento determina ainda o início do atendimento já em 2010.

As empresas terão ainda que atender gratuitamente os usuários de todas as escolas públicas rurais. De acordo com o ministro, a ideia é vender as frequências a preços mais baixos para que as empresas possam atender os requisitos.

O que isso significa? Possibilidade gigantesca de oferecer serviços de telecomunicações no Território brasileiro todo.

Que oportunidades isso gera? Muitas, a começar pela cadeia produtiva. Se a licitação é para as operações de telefonia celular, por exemplo, elas necessitarão de mais equipamentos de transmissão, repetidoras, antenas, mão de obra, cabos e uma parafernalha de tecnologia que não é fabricada no Brasil. Já existe uma boa malha de repetidoras de sinais de telefonia celular nas principais rodovias brasileiras, fora os cabos de fibras ópticas que atravessam o nosso país. Ganham os importadores, integradores, distribuidores, representantes de equipamentos de telecom e o governo arrecada uma fortuna só no processo de investimento inicial da estruturação disso tudo.

Quais os riscos? Imensos, pois boa parte da população brasileira se concentra nos grandes centros. Mas a população rural é expressiva, basta ver o mercado de TVs por satélite com a venda de antenas parabólicas. A audiência, se não me engano é de +/- 33%. Onde normalmente tem parabólicas, não necessariamente pega celular. O custo de intra-estrutura é alto, o que pode não ser rentável a curto e médio prazo. (Basta imaginar chegar um sinal a 20 km para apenas uma casinha no meio do mato).

Quais os desafios? Eu acredito que existem outras tecnologias que ainda não são populares o suficientes e que ainda não foram homologadas e autorizadas pela Anatel e que podem suprir em KMs o sinal de telefonia celular e dados. O que poderia reduzir os custos. Se vier engessado, pode haver desinteressados nesse processo licitório e o governo vai passar um "carão" e não poderá usar isso como fato eleitoreiro no ano que vem.

Começou a corrida do "tudo em 6 meses". Tenho certeza que veremos muito mais ações novas do governo concedendo tudo que puderem para prestar contas nas propagandas eleitorais do ano que vem.

Mas o importante é que as empresas precisam prestar atenção ao seu ambiente, aos seus concorrentes, aos seus clientes e às tendências de mercado e do seu setor. Há muita oportunidades e o seu aproveitamento só é possível com pessoas qualificadas e para isso. Será que a empresa em que você trabalha pensa da mesma forma? Será que você consegue enumerar quantas oportunidades foram geradas e se tornaram bons faturamentos para ao longo do tempo? Esse é um desafio diário, não basta matar um leão por dia se não afiar a faca para o outro dia.

Jony Lan

Fonte: Folha

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Estratégia: Starbucks testa novo modelo de negócio com novos nomes e vendendo vinho e cerveja

A base de café gourmet da cadeia de Seattle está mudando o nome de uma das suas lojas em sua cidade natal para um nome que reflete o bairro local. A loja será chamada "15th Avenue Coffee and Tea". Será aberta na semana do dia 20/07/09 e vão servir café e chá, bem como vinho e cerveja. Uma inovação no modelo de negócios.

A empresa disse que irá abrir mais duas lojas na área de Seattle sem o nome da Starbucks, em localidades que não possuem lojas Starbucks.

A cadeia disse que se esse modelo de "repensar" o café for um sucesso, irá replicar em outras cidades.

A inovação no modelo de negócio, principalmente no nome da empresa, é interessante e um desafio. Mas a sinergia em compras, fornecedores e know-how de processo de trabalho é positiva.

Com a crise e novos concorrentes (Nespresso, Mccafé, etc), para uma marca "premium" como a Stabucks, criar linhas de "produtos" diferentes, como lojas com outros nomes, é uma solução estratégica considerável. A princípio, a idéia parece ser aproximar-se do local em que se abre com novos nomes do próprio local. Talvez manter um "sub-nome" pode ser uma alternativa de mostrar-se que é uma rede, mas ter nomes locais, o diferencial será o ponto, a localização e a fidelidade dos clientes, que terá que ser conquistada do "zero".

A vantagem é que a Starbucks poderá testar novas ofertas no menu, design de loja, processos de produção, preços e serviços sem prejudicar a imagem da marca premium.

O desafio maior estará em implantar essa estratégia sem mexer na marca principal, pode acontecer das sub-marcas (sub-lojas) crescerem rapidamente em faturamento e acabarem tendo que financiar as lojas premium. Mas é aquela velha história, que sempre aconselho, "não dá para a roda enquanto ela estiver girando. Tem que fazer tudo com a roda girando".

Fonte: Yahoo

Case: As Sandálias Crocs estão falindo e o que você pode aprender com isso

Inovação: foi com uma idéia na mente, uma matéria prima quase "indestrutível" e um design que não segura água que as Sandálias Crocs ganharam o mundo e foram considerados tendência. Agora a empresa enfrenta problemas de caixa e queda da procura de consumidores

As sandálias Crocs nasceram numa era de boom econômico dos Estados Unidos em 2002. Eles eram um investimento barato (cerca de 30 dólares), confortáveis e prometiam durar para sempre - algo que se tornou um problema tempos depois.

Todo mundo vestia um par de Crocs. Figurões conhecidos como o ex-presidente George W. Bush e o vocalista da banda Aerosmith Steven Tyler usavam e aumentavam ainda mais a curiosidade pelos sapatos. A indústria da moda os criticava, mas eles venderam 100 milhões de pares até hoje. Até que um dia a crise chegou e os Crocs saíram de moda.

A empresa utilizou o dinheiro da oferta pública de ações para diversificar e adquirir novos negócios como a Jibbitz, que fabrica produtos para enfeitar o Crocs, e a Fury Hockey, que usava o Croslite para criar materiais esportivos.

Segundo o presidente executivo da empresa John Duerden, a Crocs foi mais afetada do que os concorrentes na crise, porque continuou a investir para manter um crescimento similar ao dos anos anteriores.

Pontos positivos:
- Pessoas famosas utilizando o produto e fazendo propaganda, melhor impossível.
- Matéria-prima digna de tecnologia da Nasa.
- Estrutura de distribuição gigantesca e em tão pouco tempo.

Os erros:
- Preço alto para um calçado. No Brasil chegaram a custar quase 100 reais e os similares invadiram as prateleiras. Resultado: Fecharam a operação brasileira.
- Criar duas empresas filhotes da principal. Uma empresa para customizar, ao invés oferecer sandálias mais elaboradas ou customizada, como os modelos das Havaianas.
- Continuar investindo sem mudar as estratégias na crise, enquanto o mundo parou para pensar e redefinir suas estratégias.
- Produto de consumo "indestrutível", só se fosse para o exército americano, não para o mundo capitalista.
- Qualquer vestuário é moda, diversificar os modelos só com cores foi um erro primário para esse negócio.
- Não possuíam vantagem competitiva no produto, tirando a matéria prima com sua tecnologia, não possuíam nenhum outro recurso que justificasse a manutenção do produto em curva ascendente de crescimento.

Resultado:
Vai para o museu dos erros em gestão, estratégia e marketing.

Fonte: Exame

Setor calçadista brasileiro busca nas inovações funcionais a sobrevivência no mercado

Depois da abertura de mercado na época do Collor, muitas empresas de setores industriais quebraram. Parece que os setores aprenderam a lição e estão usando as tecnologias dsenvolvidas dentro do país ou fora do Brasil para incrementar a indústria calçadista.

Alguns produtos funcionais que parece que irão tentar virar moda nas próximas estações e que resolvem grandes dilemas, até que enfim, a indústria entendeu que tem que ouvir os clientes.

Um calçado que aumenta de tamanho na medida que a criança cresce. A idéia não é nova, mas para uma linha infantil, eu nunca tinha visto. A tradicional Ortopé lançou o calçado Stika e Puxa. Com preço de R$ 25, o sapatinho é regulado de acordo com o crescimento do pé do bebê. Um mesmo par serve para os tamanhos de 14 a 19.

Uma novidade tecnológica para crianças vem da marca Pampili, que criou uma linha de calçados que incentiva a dança. Ele tem um dispositivo circular na sola que facilita com que a menina rodopie. A intenção é permitir que as meninas brinquem de bailarinas com os calçados. Depois do tênis-patins, parece que a moda irá pegar. O Twist Dance aparece em dois modelos de tênis e mais quatro de sapatilhas, com cuas cores cada. O preço sugerido para as sapatilhas é R$ 94,90 e para os tênis, R$ 104,90. Essa vai ser fácil copiar.

Para os que gostam de churrasco, futebol e andar de sandália que abre garrafas. A sandália Open Up tem um abridor de garrafas em aço inox acoplado na sola. O preço sugerido ao consumidor é R$ 129. Já tinha visto esse modelo no exterior, o problema é abrir uma garrafa com a sola de uma sandália suja. Deve ser uma beleza. Já imaginram a sandlaía sobre a mesa de jantar. Mas deve pegar, pelo menos para dar de presente para quem bebe muito.

E o último, a Picadilly lançou um sapato com lixa de unha acoplada na sola. Ele segue a tendência smart fashion, que aposta em uma moda funcional, segundo a diretora de Desenvolvimento da marca Ana Carolina Grings. “Os calçados podem ser transformados em utilitários, além de deixar a mulher mais bonita”, afirma.

A Picadilly tem pensando bastante em seus modelos de forma funcional. Salto alto mata os pés das mulheres de que foram inventados, então por que não fazer um que seja macio e agora funcional? Para criar o calçado, Ana Carolina diz que a equipe tentou pensar em algo que as mulheres sempre precisam, mas nunca têm à mão, e logo veio a ideia da lixa de unha. “Ela fica embutida no salto, de modo que fica discreta e não sai”, explica. Os calçados ficaram um mês em testes e, segundo Ana Carolina, a lixa resistiu bem. Como a sandália que abre garrafas, além de lixar as unhas a mulher vai ter que lavar a mão depois. O modelo deverá chegar às lojas custando cerca de R$ 80 para as consumidoras.

É a indústria calçadista se renovando para não sofrer a pressão da crise e das importações chinesas. Diversificar é uma estratégia importante que cabe às inovações oxigenarem a evolução da empresa.

Fontes: Último segundo, O Globo

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Estratégia: Microsoft vai abrir sua primeira loja ao lado de uma Apple Stores

Já está se tornando uma tendência. As marcas de informática estão abrindo suas lojas próprias, seja para oferecer produtos e ganhar com isso, seja para estreitar o relacionamento com os clientes e sim, aparecer no mercado. Afinal uma loja é uma mídia ambulante, uma experiência única de comunicação e interatividade.

O COO da Microsoft Kevin Turner, disse que estão planejando abrir a primeira loja da Microsoft junto às lojas existentes da Apple. Na minha opinião a estratégia é bem definida. Afinal, não existe locais, clusters ou pontos de referências na venda de produtos de informática e softwares exclusivos. Mesmo no Brasil, tirando a Santa Ifigência em São Paulo e os Varejos Info no Rio de Janeiro, não há locais consagrados impulsionados por marcas exclusivas. As lojas são genéricas e vendem todas as marcas. Podemos importar um exemplo de outro segmento, fácil de vermos no Brasil. Ao lado de todo Mcdonalds, sempre abrem-se outras lojas complementares e até concorrências pelo simples fato do Mcdonalds ter criado um "ponto" de referência e gerado um fluxo de consumidores. Agora é aguardar para ver se a Microsoft irá ser lenta na abertura de lojas em outras localidades e se terá recursos em caixa para sustentar imóveis e entrar em uma área que não conhece, gestão de lojas físicas.

Fonte: Wired

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sonegação fiscal em e-commerce brasileiro com os dias contados

Acabou a moleza. Se fala tanto em estatísticas do comércio eletrônico no Brasil e o crescimento mundial. Sou entusiasta no assunto e gosto muito do mundo online como canal de venda, mas como a mídia fala tanto, parece que finalmente os órgãos do governo resolveram voltar os olhos para essas empresas. É certo que os grandes varejistas não devem ter tanto problema com seus faturamentos e os ICMSs da vida, mas parece que as que andam na sombra da receita podem começar a rever suas estratégias de negócios, principalmente no quesito impostos à pagar.

O fisco quer apertar o cerco às lojas virtuais que não pagam impostos. Em São Paulo, o governo prepara mudanças na legislação do ICMS para facilitar a fiscalização das operações virtuais. A Receita Federal criou grupo de estudo para também mapear o setor. As vendas virtuais devem movimentar R$ 10 bilhões em 2009, valor 22% maior do que o negociado no ano passado, segundo estimativas do setor.

Até o fim de agosto, o fisco paulista deve encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto de lei que obriga as empresas que operam na internet a informar dados cadastrais (como endereço e CNPJ) e de vendas feitas pelas lojas virtuais.

O objetivo: arrecadar impostos de um canal que vende muito e cresce a cada dia.

O foco: os sites que operam de forma irregular e driblam o pagamento de impostos, e não as lojas e provedores legalmente estabelecidos.

O desafio: A idéia da Secretaria da Fazenda paulista é que as empresas forneçam dados ao fisco.

O futuro: Quem quiser realmente entrar no e-commerce vai ter que se adaptar às novas regras, à ética comercial, e estar mais preparado a atender ao cliente. Será muito bem vinda a fiscalização, assim vai acabar com o movimento dos "camelos" virtuais que montam a "barraca" em qualquer lugar, vendem o que querem e somem na mesma velocidade. Agora vão sumir ao primeiro sinal do "Rapa". E quem sabe as Notas Fiscias eletrônicas ao consumidor saem do papel.

Fonte: Folha de São Paulo

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Radar MKTmais: Schincariol, GM, Petrobrás

O mal que persegue as empresas familiares é o processo de profissionalização. Estratégico e considerado por muitos o caminho natural do crescimento, nem sempre dá certo. O processo de profissionalização da Schincariol, segunda maior cervejaria do país, parece que não está sendo diferente. Na sexta-feira (03/07/09) a empresa demitiu Marcel Sacco, diretor da área de Marketing da empresa e um dos poucos remanescentes da tentativa de profissionalização iniciada em 2007. Na época, a empresa era comandada por Fernando Terni, que foi demitido em dezembro do ano passado. Além de Sacco e Terni deixaram a Schincariol os diretores de vendas, Fernando Salazar e Rudinei Kalil; o diretor financeiro, Alexandre Romualdo; o diretor de tecnologia, Álvaro Mello; o diretor de operações, Luiz Odone Braga Neto; e o diretor de recursos humanos, Marcos Cominato. É o efeito "corte de cabeças", quando o "cabeça mor" cai, todos os outros caem. Agora se uma empresa desse tamanho troca tanta gente assim, como ela continua no segundo lugar? Será que as empresas de RH e os Head-hunters que a atende estão precisando mudar o seu conceito ou é mesmo o processo natural da força familiar? Prefiro acreditar que é uma questão de resultados, afinal, quanto mais alto o cargo, menos explicações reais são dadas aos desligamentos.

Depois das novelas mexicanas, a GM finalmente saiu do drama da falência. A concordata de 40 dias terminou com o fechamento de um acordo para uma nova companhia que será controlada pelo Tesouro dos EUA, que ficou com a maior parte. A ordem para as demais, como a filial brasileira é se virar sozinha. A nova GM trará uma nova linha de automóveis Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC, caminhões com padrões de design e tecnologia que atendam aos consumidores e ao meio ambiente. Vai ser um desafio e tanto. Está na hora da GM tirar da gaveta os projetos de carros menores e mais econômicos, colocar novos modelos de gestão e aproveitar pouco do que existe como recursos estratégicos

Parece que a energia bruta ainda é um bom negócio. A Petrobras subiu da 63a para a 34a posição entre as 500 empresas de maior faturamento do mundo, segundo o mais recente ranking global publicado pela revista norte-americana Fortune, com base nos dados de 2008. A petroleira estatal foi a única companhia brasileira dentre as 100 maiores do mundo, segundo o levantamento, tendo registrado no ano passado um faturamento de 118,2 bilhões de dólares.
Do Brasil, o ranking inclui ainda Bradesco, na posição de número 148, seguido por Itaúsa, controladora do Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Vale e Gerdau, nos lugares de número 148, 149, 174, 205 e 400, respectivamente. Já no critério de lucratividade, a Petrobras apareceu na sexta posição, superando gigantes como a Microsoft (7a), General Electric (8a), Nestlé (9a) e Wal-Mart (14a). Nesse quesito, a mineradora brasileira Vale ficou na 16a posição. Com algumas empresas brasileiras despontando no exterior, um problema é claro. Enquanto estamos com empresas de matérias primas como petróleo, minério, siderúrgicas e bancos, as outras ganham em tecnologia, comida industrializada e gestão comercial. São pontos claros que traduzem a dependência da nossa cultura empresarial em áreas historicamente rentáveis. Está na hora de começar a mudar esse cenário, ou quando as nossas fontes naturais secarem, seremos um país reconhecido apenas por bancos.

Fontes: Exame, OGlobo 1, OGlobo 2

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Estratégia de Diversificação: Mcdonalds vai se tornar ponto de abastecimento de carro elétrico

Em varejo, a localização é um dos fatores críticos de sucesso de maior peso no empreendimento. Para os estrategistas, ele é considerado um recurso valioso, inimitável, raro de ser copiado e imóvel, tornado-se altamente estratégico. Mas a estratégia demanda sempre opções e novos caminhos para continuar crescendo. Uma das estratégia que gosto de recomendar em minhas assessorias é a diversificação. Veja o exemplo do Mcdonalds.

O Mcdonalds possui os melhores pontos de vendas em uma região, fruto de estudos e investimento em pesquisa de localização e mercado. Qualquer empreendimento do Mcdonalds torna-se referência. Uma boa loja, sempre é aproveitada para se tornar um drive-thru e em alguma regiões, torna-se um delivery. Ou seja, fora o atendimento no balcão, são mais 2 formas de vendas. A comodidade e as estratégias sempre voltadas para o business do Mcdonalds. Mas agora ele dá um passo à frente. Como first-mover em aproveitar o seus pontos, agora se tornarão postos de abastecimento para carros elétricos nos EUA. Com mais de 30 mil pontos no mundo, pode se tornar uma referência em abastecimento. É a diversificação aproveitando o seu ponto forte, localização. Como a recarga demora, o Mcdonalds ainda pode aumentar o seu faturamento em lanches. Pode piorar o giro das mesas, mas está abrindo um precedente enorme para que outras empresas que possuem boas localizações se tornem pontos de abastecimento, afinal, rede de energia tem em todos os estabelecimentos.

Simples, fácil e útil. Com essa estratégia, o Mcdonalds irá reforçar mais ainda a localizações das suas lojas como pontos de referências. E a sua empresa, já pensou em diversificar?

Fonte: Bloggingstocks

terça-feira, 7 de julho de 2009

Novos "produtos": Protótipo da Airbus para viajar em pé

Depois de verificar a polêmica do post que coloquei sobre a Spring Airlines da China em utilizar a estratégia de criar aviões em que os passageiros viajam em pé, encontrei o protótipo elaborado pela Airbus e publicado pelo The New York Times em 2006 sobre o assunto. O desafio será reservado aos profissionais de marketing, caso a idéia entre em produção, convencer de que a classe econômica, com menor espaço, viajando em pé, aceite o serviço em troca de um valor de passagem menor. Vale lembrar que em viagens longas, recomenda-se andar no avião e que ficar em pé sem turbulências, não há contra-indicações. Claro que isso não será uma unanimidade, mas chama a atenção e acredito que está se tornando muito factível, principalmente depois que a primeira companhia voar nesse sistema. É aguardar e ver o que acontece.

Fonte: The New York Times

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Desafio estratégico: Supermercados ainda não se adaptaram ao canal de venda da internet

Desde 1999 quando pubiquei um capítulo no livro Varejo Competitivo sobre Marketing na Internet, acreditava que a venda pela internet era factível e altamente rentável. Não mudou nada. Talvez pelo pioneirismo, o artigo tenha sido um sucesso, mas claro, baseado em pesquisas e pontos de vistas acadêmicos e práticos que mostravam à 10 anos atrás os passos que o mercado deveria dar. Recentemente a Pro Teste, entidade de defesa dos consumidores, fez uma avaliação sobre o serviço de compras virtuais de 15 supermercados. Foram pesquisadas as empresas Pão de Açúcar, Angeloni, Hippo, Nacional, Zona Sul, Princesa Supermercados, Mercadorama, MartPlus, Econ e Sonda, presentes em sete capitais brasileiras. A pesquisa mostrou que ainda há muito que evoluir, mas que a adesão das grandes redes não terá desistências tão cedo. Um dos pontos críticos foi a entrega de produtos refrigerados. Entre todas as solicitações, em apenas um caso o produto foi acondicionado de forma adequada e chegou na temperatura ideal. É simples, enquanto os fornecedores entregam produtos frios em veículos adaptados para tal, a logística dos gestores das unidades de negócios dos supermercados ainda pensam na entrega de kombi. Ou seja, falta de visão para atender melhor às necessidades do consumidor em um modelo de negócio diferente.

Outro ponto crítico apurado foi o tempo de entrega. Quatro dos 15 estabelecimentos não cumpriram o horário marcado para a entrega e a maioria excedeu o prazo de duas horas. Os gastos foram, em média, 4% superiores aos das compras feitas nas lojas físicas, com variações que chegaram a até 17%. O que vejo é que falta cabeça de negócios nos gestores. É como uma pizza, pega o pedido, faz a pizza e entrega de MOTO. Pedido à pedido. O preço de uma pizza entregue em casa e uma congelada do supermercado tem uma diferença de muito mais do que de 100%. Significa que quem cuida desses canais nas redes não está pensando como delivery e sim como entrega de compras da década de 80 quando o empacotador levava de bicicleta e hoje deram um furgão para ele. E tem mais, a maioria das compras nos supermercados presenciais é de coisas pequenas, que cabem em 2 ou 3 sacolas que cabem perfeitamente no baú de uma moto.

Novo canal de vendas necessita de adaptações, não só de sistemas de informática, mas de sistemas e formas de trabalho. Enquanto o varejo virtual de alimentos não evolui, muitas oportunidades se abrem. Deve-se lembrar que existem perfis de compradores. Quem compra pela internet é diferente de quem gosta de ir no supermercado. Já está mais que provado em diversas pesquisas, homem detesta ir ao supermercado, agora que tal perguntar se comprariam pela internet? Espero que de tanto investirem nesse novo canal, possam determinar um mark up justo e empregar uma abordagem diferente da que estão fazendo atualmente. Até agora só modernizaram a forma de comprar, não no formato do canal. Quem sair na frente (first mover) e entender essas adaptações será o vencedor.

fonte: Pro Teste

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Estratégia: Viajar de avião em pé - Spring Airlines tem sinal verde da Airbus

Low Fare por Low Fare eu adoraria viajar em pé por diversão em rotas curtas. Quando se para e pensa, aparecem cada oportunidade de tirar o chapéu. Na China, um dos países mais populosos do mundo, com milionários do tamanho da população brasileira, parece que está com mais demanda que oferta de lugares nos vôos. A compra de novas aeronaves também demora alguns anos, já que tudo é feito sob demanda. Com esses problemas em mãos, a Spring Airlines, companhia aérea da China, está com um projeto de criar uma nova modalidade de vôo aéreo: viajar em pé!

Essa solução reduziria em 20% os custos das passagens. A Airbus foi consultada para essa solução e a resposta foi que não há problema, viajar em pé é seguro. A idéia é que as poltronas sejam substituídas por banquinhos, tipo banquinhos de bar. E a segurança continuará, pois o cinto de segurança ficará em volta da cintura.

A única barreira agora é do governo Chinês, se aprovada, os planos entrarão em produção e em breve, teremos o primeiro vôos com passageiros em pé no mundo. O presidente da Cia aérea Wang Zhenghua está confiante, pois a idéia foi sugerida pelo vice premier da China, Zhang Dejiang. Esse camarada do governo sugeriu que para baixar os preços, os passageiros deveriam ser capazes de pegar o vôo como pegam um ônibus, sem assentos, sem guarda volume para bagagem, sem comida, sem água, mas muito conveniente.

Temos que parar para pensar e não dar soluções só em momentos de pressão. As decisões surgem em qualquer cenário. Será que a moda de viajar em pé pegaria no Brasil? Você adoraria pagar menos para viajar em pé? Tem tantos vôos que vão lotados que no meu ponto de vista não seria má idéia. Seria uma oportunidade estratégica e tanto. Ser a primeira cia aérea a ter essa modalidade de vôos será uma marca que ninguém mais vai esquecer.

Fonte: Sky

3 novos produtos: microRobô para o câncer, Shit Box e Pipoca Premium

Milhares de produtos aparecem e são jogados no mercado todos os dias. As vezes são pequenas variações, outras são melhorias estéticas, mas as vezes há quase que inovações radicais. Mas como muita coisa é o resultado da combinação de outras tantas, dizer que a empresa faz pesquisa de mercado para lançar produtos é um argumento um tanto quanto relativo. Primeiro porque se for feito exatamente como os livros pedem, custa caro e segundo que pesquisas mal feitas resultam em gastos maiores. Eu prefiro o meio termo, nem tanta pesquisa profunda, nem jogar o produto no mercado às cegas.

Podemos resumir novos produtos em inovadores, ecológicos e diferenciados.

Inovador:
Se você já viu o filme "Viagem Insólita" vai associar à essa tecnologia inovadora, pois a idéia o filme já traduziu bem. Pode ser o próximo grande passo no tratamento do câncer. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Israel em Haifa desenvolveram um robô miniatura, chamado ViRob, que pode através de seus pulmões, encontrar um tumor, e é "matá-lo" com a droga. O robô tem um milímetro de comprimento e quatro milímetros de ponta a ponta ele promete escorregar em vasos sanguíneos e navegar através dos sistemas respiratório e digestivo.

Outros mini-robôs foram concebidos para ter uma viagem para o corpo. Mas ViRob é o primeiro que pode passar entre diferentes cavidades corporais. É controlada por um campo eletromagnético por fora do robô que cria uma vibração que impulsiona ViRob para frente. Nos exames laboratoriais, o robô tem viajado até nove milímetros por segundo e pode comutar através de fluidos corporais variando de sangue a bílis, o que a torna uma ferramenta versátil que pode corrida através de uma veia e escavam em um órgão.

Ecológico:
Não é origami, mas com algumas desdobras o produto aparece. O formato e o nome do produto "Shit Box" já diz tudo. Ao melhor estilo de cadeira de papelão, o Shit Box pode ser útil em diversas aplicações. Principalmente para quem pensa em ecologia. Custa apenas 15 libras e vem com 10 sacos biodegradáveis para armazenar o número "2". Quer comprar um? Acesse o site e veja como funciona.

Diferenciado:
Não é moda, mas uma estratégia muito útil para quem tem visão e investe em um posicionamento de diferenciação. Commodities são sempre os produtos mais difíceis de se diferenciar, e no meu ponto de vista, estão as melhores oportunidades em diferenciações.
Em setembro de 2008 nasceu a empresa americana 479º POPCORN, especializada na produção de pipocas artesanais que utilizam ingredientes orgânicos como páprica, tomate, gengibre, canela, coco, cheddar, trufas, pimenta, etc. A empresa foi batizada assim porque 479° Fahrenheit é a temperatura perfeita para estourar pipocas. Ela pensou no design do produto e buscou a The Engine Room, de São Francisco (Califórnia), para criar as novas embalagens de seus produtos. Fugindo do tradicional e buscando a diferenciação logo da marca e do produto, o jeito foi investir nas as embalagens (caixas e latas), elegantes e muito bonitas, agregando mais valor as suas pipocas.

O ciclo de vida inicial do produto começou quando foram vendidas na região da cidade de San Francisco. O cuidado com todos os detalhes, desde o nome, passando pelos ingredientes de alta qualidade, os métodos naturais de produção, até as embalagens (feitas em material reciclável), conquistou o paladar e os mais altos padrões "ecológicos" de muitos consumidores. Rapidamente a marca 479º POPCORN se tornou famosa e sinônimo de pipoca Premium (o valor mínimo de uma caixinha é de US$ 8,00 chegando até US$ 35,00). Este sucesso garantiu a expansão nos canais de distribuição para outros estados americanos. Resultado: sucesso da marca, do produto e de um novo mercado premium para uma simples pipoca.

Pensar diferente não basta, é preciso colocar em prática e principalmente, colocar o produto à venda no mercado. Seja altamente tecnológico, algo criativo e ecológico ou simplesmente criando um novo mercado para um produto conhecido de forma diferenciada. Será que as empresas estão tendo o cuidado de destinar parte do seu faturamento para o lançamento de novos produtos? Se a empresa que você trabalha não tem feito isso, ligue o alerta, ela pode estar dando sinais de que a estratégia adotada foi a do comodismo.

Fontes: Discovermagazine, 479

quarta-feira, 1 de julho de 2009

De Vendedoras da Avon a Churrasqueiro de Gato: Todo mundo pode abrir uma empresa pela Internet

Finalmente, chegou a era da abertura de empresas em menos de 1 hora e pela internet. O governo resolveu facilitar a vida da população e a partir de agora você pode abrir uma empresa mais rápido do que criar um blog! Calma, não é para todo mundo, mas com a ajuda do governo, a maioria, melhor, milhares de brasileiros informais poderão garantir um lugar na sombra, debaixo do guarda-sol do Governo Federal. A partir de hoje (01/07/2009), o empreendedores informais poderão formalizar suas empresas em até 30 minutos, através da internet. As adesões ao Empreendedor Individual, figura jurídica que facilitará a formalização de empreendedores como manicures, costureiras, carpinteiros, cabeleireiros, sapateiros artesãos, entre outras profissões, serão feitas pelo Portal do Empreendedor www.portaldoempreendedor.gov.br. A expectativa é de que até julho de 2010 a adesão chegue a 1,1 milhão de pessoas. Se o governo fizer um bom boca-a-boca, que a mídia deve fazer a partir de hoje, quem sabe não estimule os informais a se regularizarem. Qualquer Lan House, CDI e internet em comunidades pode servir de ponto de cadastro, é apenas uma visão simples de criar pontos em todos os lugares possíveis.

No portal, o profissional obterá o registro no CNPJ e as inscrições na Previdência Social e na Junta Comercial. A adesão ao Empreendedor Individual garantirá vários benefícios, como aposentadoria e auxílio-doença. Empreendedores do comércio e da indústria pagarão um valor fixo mensal de 11% sobre o salário mínimo - hoje R$ 51,15 - referente ao INSS pessoal, mais R$ 1 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). Prestadores de serviços arcarão com os mesmos 11% sobre o mínimo mais R$ 5 de ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). Já os profissionais que atuam em atividades mistas (indústria ou comércio com serviços) pagarão os 11% do mínimo mais R$ 1 de ICMS e R$ 5 de ISS.

O Empreendedor Individual foi criado pela Lei Complementar 128/08, que aprimorou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/06). Poderão se formalizar por meio desse mecanismo empreendedores da indústria, comércio e serviço com receita bruta anual de até R$ 36 mil, exceto locação de mão de obra e profissões regulamentadas por lei. Os interessados podem ter no máximo um funcionário com renda de até um salário mínimo mensal ou o piso salarial vigente correspondente à categoria profissional. Dúvidas? Acesse aqui.

Por que é interessante?
A) Cobertura Previdenciária para o Empreendedor e sua família, traduzida nos seguintes benefícios.
Para o Empreendedor:
1- Aposentadoria por idade : mulher aos 60 anos e homem aos 65. É necessário contribuir durante 15 anos pelo menos e a renda é de um salário mínimo;
2- Aposentadoria por invalidez : é necessário 1 ano de contribuição;
3- Auxílio doença: é necessário 1 ano de contribuição;
4- Salário maternidade (mulher): são necessários 10 meses de contribuição;
Para a família:
1- Pensão por morte: a partir do primeiro pagamento em dia;
2- Auxílio reclusão: a partir do primeiro pagamento em dia;

B) Acesso a serviços bancários, incluindo crédito.
C) Apoio técnico do SEBRAE sobre a atividade exercida;
D) Possibilidade de crescimento em um ambiente seguro;
E) Desempenhar a atividade de forma legal, sabendo que não sofrerá ações do Estado;
F) Formalização simplificada e sem maiores burocracias;
G) Baixo custo da formalização em valores mensais fixos
H) Simplificação no processo de baixa e ausência de pagamento de taxas.
F) O Governo vai arrecadar milhões, vai saber o tamanho da informalidade e ainda vai lucrar com isso tudo.

O mais interessante disso tudo é que o governo resolveu fazer uma lista das principais atividades abrangidas pelo público-alvo pretendido para o MEI, ou seja, aquelas oriundas de atividade por conta própria, urbana, e de baixa renda.

Veja algumas delas:
-ANIMADOR DE FESTAS
-ASTRÓLOGO
-BABY SITER
-CARREGADOR DE MALAS
-CHURRASQUEIRO AMBULANTE
-COBRADOR (DE DÍVIDAS)
-COLOCADOR DE PIERCING
-DEPILADORA
-LAVADOR DE CARRO
-PANELEIRO (REPARADOR DE PANELAS)
-PIPOQUEIRO
-PIZZAIOLO EM DOMICÍLIO
-PROFESSOR PARTICULAR
-PROMOTOR DE EVENTOS
-RESTAURADOR DE LIVROS
-TAXISTA
-VASSOUREIRO
-VENDEDOR DE COSMÉTICOS E ARTIGOS DE PERFUMARIA
-VINAGREIRO

Acessei o site hoje (01/07/2009) e tive a grande notícia de que só vai funcionar por enquanto no Distrito Federal e depois nos outros estados. Parece que é uma características dos sites do governo (lembram da matéria do Blog do Governo?). Será que o governo não está precisando de consultorias de Marketing? É uma oportunidade única para que as empresas que trabalham com esses informais torná-los "formais". Vai ter campanha de incentivo e premiação com os valores da legalização aos montes, garanto. Espero que empresas como Avon, Natura e diversas outras que usam a mão de obra alheia possam se tornar parcerias do projeto do Governo Federal. A minha única preocupação com esse processo todo é, e se amanhã você quiser encerrar a "formalização"? Não encontrei respostas, ainda, para esse processo. Ponto crítico em todo esse processo estratégico do governo, que pode virar uma bola de neve.

Fonte: Sebrae

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Marketing falho: Governo Federal vai aderir ao blog, faz consulta pública, mas não informa nada em suas páginas

Erros de marketing clássicos dignos de estar nos livros de Kotler, só os casos americanos. Mas está para engrossar o livro um caso do Governo Brasileiro. O portal G1 da Globo informa que, em uma nota do governo, os internautas já podem mandar sugestões para o futuro blog da Presidência até 7 de julho de 2009. Ou seja, uns 8 dias contando hoje (30/06/2009). É possível sugerir assuntos a serem abordados e ferramentas de interação. Depois que o presidente dos EUA ganhou as eleições, em parte, com a ajuda da internet, parece que o governo resolveu se modernizar. O 'Blog do Planalto' está previsto para ser lançado no mês que vem, Julho/2009. Rápido, não? Será que já está pronto? Que empresa está cuidando disso? Será que foi alguma agência de publicidade? No final você irá se questionar se essa pesquisa tem algum fundamento.

Os interessados podem acessar o link www.planalto.gov.br/consultablog e preencher um questionário sobre quais assuntos devem ser abordados e quais ferramentas de interação podem ser utilizadas, como espaço para comentários e enquetes.

Só para lembrar, apenas parte da população brasileira tem acesso à internet, será que o Governo pensou nisso? A última estatística mostra que 35 milhões de brasileiros acessam à internet. Com certeza a maioria é de classe média, alta e altíssima. Imagina quem está lendo este post?

Os internautas podem opinar sobre o tamanho dos artigos e sugerir redes sociais para a Presidência participar. Boa deixa para as redes sociais brasileiras fazer um lobby. Há espaço livre para outras sugestões e não é preciso se identificar. Segundo a Presidência, o "Blog do Planalto" será "mais um canal" de comunicação do governo para se adaptar às necessidades da população.

Irei comentar alguns pontos com 2 focos, estratégia e marketing.
Pontos estratégicos: Dizem que estratégia é uma forma de se chegar a alguma lugar. Onde o Governo pretende chegar com o blog? O governo federal tem um site fantástico, é o da Receita Federal. Funciona bem porque mexe com o bolso do brasileiro. Os demais são falhos, muito confusos e cheio de informações desnecessárias. A sensação que dá é que pouca gente acessa, você já viu alguma estatística sobre o site do governo federal? Falta o essencial para o site do governo, dinâmica. Será que o Blog vai atingir esse desafio?

Abrir um blog é como abrir um canal de comunicação imediato, que demanda resposta imediata e praticamente deve-se ter uma área só para responder à essa demanda. Será que a infra estrutura sistêmica do governo vai dar conta do recado? Está parecendo outra jogada de marketing.

Pontos de marketing: Bela inciativa do governo, a não ser por um único ponto. Não houve integração da comunicação. Explico, não há link em nenhum site do governo, seja da Presidencia.gov.br, seja do Brasil.gov.br que apontem para essa pesquisa. Interessante, não? Que tal perguntar para a agência que está cuidando disso, será que tem agência nisso? Quando se clica no link (pode copiar o link que dá na mesma), você é remetido para um site do google docs (sim, ferramenta gratuita do Google). Um problema, o site não é do governo. Não há nenhum logo do Governo Federal (você vai pensar que é pegadinha ou é um vírus). Mas não tem nada, eu disse nada, que fale que a pesquisa é do governo, a não ser o link inicial que é do governo que aponta para o site do Google Docs. Uma vergonha. Mas vamos em frente. Só há uma pergunta sobre um espaço para "INTERAÇÃO" do usuário, no qual pode postar um comentário. Voltando, o questionário é, infelizmente, infantil, pois no geral pergunta o que já é utilizado por um blog, como qualquer blog. São perguntas totalmente desnecessárias. Se alguém for preencher o questionário, sugiro que marquem tudo. Quem eles vão atingir com essa pesquisa? Vou parar por aqui, pois cansei de criticar essa ação, que nem cara de pesquisa de opinião possui. E que pelo visto, já está começando errada. Espero que alguém do governo corrija esses erros primários a tempo de dar margem para ser realmente útil.

fonte: G1, pois não vi nada nos sites do Governo.

Propaganda enganosa? Varejo e indústria não repassam corte do IPI e as vendas aumentam, como?

Com a bandeira da crise, o governo foi na mídia, soltou o verbo e ainda assinou em baixo. Redução de IPI para a indústria de linha branca mirando nos descontos que os clientes iriam ter e vislumbrando o aumento do consumo. Anúncio que a mídia espalhou que nem cheiro de cafezinho em buteco de centro da cidade, propaganda melhor e de graça, impossível. Com o governo de aliado, com a mídia jornalística fazendo propaganda, foi fácil vender. As equipes de marketing já sabiam o que fazer nas lojas. Resultado: deu certo! O consumo de linha branca aumentou e "todo mundo" está feliz. O governo já abriu mão de R$ 1,6 bilhão via desonerações e reduções de tributos sobre veículos, eletrodomésticos da linha branca e material de construção, mas o problema é que tal benefício não foi repassado, em muitos casos, integralmente ao consumidor.

Segundo levantamento da FGV feito a pedido da Folha, boa parte dos produtos alvo da isenção ou do corte do IPI não sofreu queda de preço no varejo proporcional ao benefício, que deve ser prorrogado (parabéns aos poucos que convenceram o ministério responsável). Pelos dados da pesquisa, não é possível identificar com precisão qual elo da cadeia deixou de repassar o corte do imposto.

O caso mais emblemático é o dos fogões, cuja alíquota do IPI caiu de 5% para zero. No varejo, o produto baixou, em média, só 0,97% entre abril e junho. E quem "comeu" os outros 4,03%? Apenas os carros se salvaram na pesquisa. Segundo a FGV, o preço do automóvel novo caiu 6,93% de janeiro a junho. Isso porque o modelo de negócio da indústria automobilística tem apenas um intermediário na cadeia de distribuição, as concessionárias que são ligadas diretamente às indústrias. Ponto de atenção para o governo pensar melhor nas próximas reduções ou alerta geral para mostrar que a reforma tributária vai fazer mais um aniversário sem solução definitiva. Enquanto isso, as empresas guardaram todas as possíveis ações que foram substituídas pela bola da vez, redução do IPI. Esse é o perigo estratégico, guardar velhas fórmulas e aplicá-las um cenário e contexto diferente de quando foram concebidos. Lembrando que grandes empresas fazem planejamentos com 1 ano de antecedência, a redução de IPI do governo salvou o bônus de muita gente, o que é ruim, pois pode gerar acomodação e falta de promoção real no mercado. Boa oportunidade para quem conseguir ver esse cenário. Será que a direção da sua empresa enxerga isso?
Fonte: Folha

sábado, 27 de junho de 2009

Novo nicho no mercado de luxo : Outlet Premium São Paulo, primeiro de muitos?

O mercado de luxo vai se consolidando ano após ano. Pelo visto nunca mais vai falir. Segundo dados do banco de investimento Merrill Lynch, o número de pessoas com patrimônio superior a 1 milhão de dólares aumentou de 92 000 em 2002 para 143 000 em 2007.

Segundo a MCF e GfK, especializadas no segmento de luxo, os consumidores brasileiros de luxo gastam em média R$ 3 000 a cada compra e não raro fazem de duas a três aquisições por mês. É um número quatro vezes maior do que o verificado na Índia e o dobro do que gasta um consumidor chinês. Existem algumas diferenças também em relação à idade e à escolaridade do cliente-padrão. De acordo com o estudo, mais da metade dos compradores brasileiros de marcas de prestígio é mulher com nível superior e idade entre 26 e 35 anos. Na China e na Rússia, o público dessas grifes são mulheres mais jovens, com idade entre 20 e 30 anos, e elas nem sempre têm diploma.

Mesmo com um vasto território e com uma legião de clientes endinheirados que fizeram fortuna com o agronegócio, aproximadamente 75% dos artigos de luxo do Brasil são vendidos na cidade de São Paulo. E, desse total, 95% são comprados numa região que ficou conhecida como Quadrilátero do Luxo. Trata-se de uma área de pouco mais de 2,6 quilômetros de raio que concentra os quatro principais pontos-de-venda de grifes famosas do país (veja quadro na pág. 25): o shopping Iguatemi, no bairro de Pinheiros, as imediações da rua Oscar Freire, nos Jardins, a Villa Daslu, no bairro da Vila Olímpia, e o Shopping Cidade Jardim, localizado próximo à marginal Pinheiros.

E hoje, 27/06/2009, mais um shopping de luxo é inaugurado em São Paulo. Só que o diferencial será o desconto. É o primeiro Outlet Premium que abre suas portas na cidade de Itupeva, interior de São Paulo. O espaço, conta com 90 grifes renomadas nacionais e internacionais que oferece produtos de coleções anteriores em perfeito estado com descontos que podem chegar a 80%.

O conceito que os empreendedores da General Shopping e da Senpar, sócios no outlet de luxo, surgiu nos Estados Unidos na década de 70. Muitos acreditam que as peças com preços muito abaixo do normal são de má qualidade ou apresentam defeitos. No Outlet Premium isso não ocorre, pois as peças são apenas de uma ou duas coleções passadas e que não foram completamente vendidas nas lojas.

Outro fator importante que colabora na hora de conceder descontos aos consumidores é a infra-estrutura do shopping a céu aberto. César Ferdermann, diretor da Senpar explica que “a redução de custos com manutenção, energia elétrica e outros itens que comprometem a renda dos lojista, são revertidos em descontos superiores a 50%”. Ou seja, conceito outlet até na estrutura do Shopping que já é utilizado em novos empreendimentos de Mall no Brasil.

Estrategicamente, no meu ponto de vista, o Shopping tem um ponto à favor: a população brasileira já consome muito marcas famosas piratas e falsificadas. Se os preços forem competitivos para adquirir um produto original, o efeito buzz de boca-a-boca será ótimo. O mall é afastado do trânsito da cidade de São Paulo, fora do caos, melhor experiência de compra. O Brasil não possui um cluster, uma rua ou uma região de outlets como o nosso vizinho portenho. Enquanto muitos brasileiros compram nos outlets de Buenos Aires, a criação de estratégias de roteiro de compras do Shopping, com parcerias e infra-estrutura, poderá criar um fluxo natural e tornar-se ponto de referência no Brasil. Ainda há muito a ser realizado e pela impressão que o site me passou estão fazendo de tudo para abrir as portas às pressas e corrigir o que falta ao longo do tempo.

Mas no primeiro mundo ou nos países desenvolvidos a novidade é velha. A Chelsea Premium Outlets, por exemplo tem lojas nos EUA e Japão. M u i t a s l o j a s. Até a cara do site da Premium Outlet São Paulo é parecida com a da Chelsea, em sua estrutura, com mulher bonita à esquerda, fundo branco, menus horizontais no topo, o endereço da web, etc. Comparem e comprovem. A não ser que a Chelsea tenha algum acordo com o empreendimento brasileiro, dá para ver que a estratégia de copiar o sucesso americano foi tomado ao pé da letra.

"A inauguração brasileira tem o que chamo de "efeito dominó", ou novos centros de outlets são criados ou deve-se fazer um esforço muito bem planejado para transformar o ponto em uma referência nacional. Minha dica de graça? Criar o Twitter, atual febre de rede social e microblog que poderá ser um diferencial. Se demorarem a criar isso, podem ter certeza, está faltando pessoal e visão de negócios para tornar o empreendimento um "first mover" no mercado de outlets de luxo. E se você fosse o responsável pelo marketing, o que você faria?"

Fonte: Exame, DCI

Tendências, Investimentos e Prejuízos: Microsoft, Telefônica, Vale, Tata Motors

A estratégia de comprar a Jaguar e a Land Rover mais a crise mundial prejudicaram a montadora Tata Motors, que registrou o primeiro prejuízo anual em oito anos. O principal fabricante de veículos na Índia teve perdas de US$ 520 milhões. Acredito que quanto mais rápido a Tata lançar o Nano no exterior (previsto para 2010-2011), mais rápido poderá se recuperar antes que apareça um concorrente Chinês.

Em termos de tendências, a Microsoft vê forte crescimento gradual na publicidade em celulares e acredita que dentro de cinco anos, a publicidade para celulares responderá por cinco a 10 por cento dos gastos de mídia.

Já no nosso Brasil, a Telefônica antecipará investimentos de R$ 70 milhões em melhorias no Speedy. O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente Valente disse que os R$ 70 milhões já estavam previstos, dentro do orçamento total de R$ 750 milhões para a rede de banda larga, neste ano. Em 2007 a Telefônica faturou quase R$ 3 bilhões no serviço de trasmissão de dados, sendo boa parte do crescimento devido à Speedy. Isso significa apenas 2,3% do que faturou nessa área em 2007. E ainda não vi nenhuma ação de marketing e vendas da Net para suprir o mercado nesse curto espaço de tempo. Será que a concorrência não vai usar isso à seu favor?

E já não é novidade, mas o diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, reafirmou ontem que o interesse da Vale nos investimentos em energia é o consumo próprio. Sozinha, a mineradora brasileira absorve 4,5% de toda a energia elétrica produzida no País.
As investidas da mineradora brasileira no segmento de energia incluem ainda o projeto de carvão em Moatize (US$ 2,8 bilhões na construção de usina térmica em Moçambique, África), e investimentos em biodiesel na Região Norte do Brasil com biodiesel de óleo de Palma. Atualmente, a companhia gasta US$ 2,5 bilhões em insumos energéticos por ano, dos quais US$ 700 milhões para adquirir 1 bilhão de litros de diesel. Se a Vale, mesmo pelo porte, investe em energia para consumo próprio, por que outras grandes empresas não buscam o mesmo caminho? Será que faltam profissionais para gerar as soluções?

Fontes: G1, Yahoo, Último Segundo

Inovação - investimentos, incentivos, venture capital e empreendedorismo

Conheço o tema inovação, seu papel, suas limitações, sua evolução e os desafios no Brasil e no mundo. Seus tipos vão de disruptiva, incremental, e tantas outras nomeclaturas para definir o grau de inovação. Uma das grandes discussões é que o governo tem um grande papel nesse sentido. Tanto de provocador como apoiador desse processo. Sim, inovação é um processo. Para muita gente, inovação é algo caro, complexo e envolve tecnologia. Engano, inovação é um processo. O resultado final pode ser um produto com tecnologia, ou uma simples melhoria no processo produtivo.

Dados
Em termos de incentivo a última pesquisa GEM – Global Enterpreneurship Monitor, divulgada em março de 2009 pelo Sebrae, mostra que apenas 0,6% das micro e pequenas empresas brasileiras são inovadoras. O Brasil está entre as últimas posições no ranking dos 43 países pesquisados no estudo. Sim, estamos entre os últimos. Uma vergonha quando os paises do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) estão ganhando foco no cenário de crise. Mas “com incentivo, as micro e pequenas empresas inovadoras podem saltar das atuais 50 mil para 80 mil em dois anos”, diz o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, especialista no assunto.

Verbas
Não têm dinheiro para colocar aquele projeto inovador em funcionamento? Lembra quando falei do papel do governo? A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agência de inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, no programa Inovar Fundos, acaba de acrescentar mais quatro parceiros: Fundação Cesp, o fundo de pensão Fibra da Itaipu Binacional, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul.

O diretor de Inovação da Finep, Eduardo Costa, disse à Agência Brasil que embora as ações de capital de risco sejam recentes no Brasil, o país é pioneiro na América Latina. E o sucesso do Inovar já começa a ser replicado para mais países latinos. Mas não se iluda, ainda somos "peanuts" em inovação no mundo. E isso é culpa nossa, pois há mecanismos, mesmo que escassos, para fazer inovação.

Números
Atualmente, os fundos Inovar contam com oito parceiros: Fundo Multilateral de Investimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef, Fapes, Fachesf, Eletros e a BM&F Bovespa. Cada fundo investe em dez ou 12 empresas inovadoras durante um período de cerca de três a quatro anos. Segundo Costa, a ideia é que o número de fundos cresça muito nos próximos anos. Ele disse que, com a crise internacional, a queda nos juros provoca um movimento na direção dos fundos de maior risco, em geral. No caso da Finep, isso é sentido nos fundos de capital de risco, que despertam interesse dos investidores, em especial dos fundos de pensão.

As empresas inovadoras apoiadas pelos fundos Inovar são, predominantemente, de tecnologia mais intensa. O maior setor é o de tecnologia da informação e comunicação (TIC), seguido de biotecnologia (biomassa) e energias renováveis. A participação da Finep é de aproximadamente 10% dos fundos maiores até 49% dos fundos menores, com a participação média entre 15% a 20%. “No final, a gente multiplica o nosso dinheiro por seis ou sete”, afirmou Costa.

Case de empreendedorismo
Você já sabe que estamos engatinhando em inovação, sabe que existe fundos de incentivos para colocar aquele projeto em prática e agora entenderá um mini case do Grupo Accor, que atua no Brasil há 33 anos com diferentes marcas divididas no segmento de hotelaria e de serviços. Por isso, até 2005, a empresa procurava responder a seguinte questão “se eu tenho um Grupo que trabalha com business tão diferentes, como alavancar vendas entre os clientes dessas marcas, já que todas trabalham no mesmo grupo?”, comenta Gustavo Z. Chicarino, diretor de Estratégia e Marketing do Grupo.

A resposta foi a criação dos Clubes de Sinergia Accor, fóruns de cooperação, constituídos por representantes de todas as marcas de determinada região, com objetivos e metas orientadas para a sinergia de negócios, por meio de cooperação e ações compartilhadas entre as diferentes marcas. O Clube precisa identificar e desenvolver negócios, potencializar recursos, promover a integração entre as marcas, fortalecer a imagem do Grupo, difundir e incentivar a cultura Accor e disseminar valores institucionais.

Mecânica
O Grupo conta com 15 clubes distribuídos por todo o Brasil, e cada um contém a presença mínima de três marcas por região. Cada marca é representada por, no mínimo, dois funcionários, e cada clube conta com um coordenador e um secretário. Ao ser formado, a primeira atribuição do clube é a construção do Plano de Metas, estabelecendo objetivos a serem perseguidos ao longo do ano em três eixos: 'People', com ações de clima e relacionamento, aproveitamento dos recursos de RH, integração e confraternização, e ações de responsabilidade social para o público interno e externo; 'Service', para a alavancagem da marca Accor na região, cross-selling na carteira de clientes, ações conjuntas de relacionamento para o cliente, gestão da informação e blindagem dos clientes; e 'Profit', para a otimização de recursos, utilização de instalações ou facilidades comuns, gestão de contas inadimplentes ou não-rentáveis, análise de oportunidades, e meta em volume de negócios.

Resultados
De 2005 a 2008, os Clubes fecharam mais de 450 milhões em novos negócios, e trouxeram um montante de 734 novos clientes para o Grupo Accor. Em 2009, a meta para os Clubes é a conquista de R$ 101 milhões e 500 mil reais em novos negócios.

"A abertura de novos negócios é sempre vista com desconfiança pelas empresas que crescem fazendo a mesma coisa há anos, décadas, mas quando é direcionada para a inovação, empreendedorismo, com metas claras e com o objetivo de diversificação e melhorias contínuas, os resultados normalmente são sempre positivos. A evolução das empresas, dos negócios e dos empreendimentos começam com as pessoas e o DNA cultural da empresa, se não focar nesse fator inicialmente, qualquer ação poderá enfrentar maiores riscos no sucesso da inovação. Acredite, incentive e comece a mudar a cultura da sua empresa. Destine apenas 10% para coisas novas e garanta a oxigenação necessária para enfrentar a dinâmica do mercado. Não sabe como fazer? Peça ajuda, melhor fazer algo novo do que a mesma coisa durante anos."

Fontes: DCI, Agência Brasil, Meta Análise

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Desafios em Marketing e Estratégia: Michael Jackson, Cacau Show, Coca-Cola, M&M, Bic

Michael Jackson morre aos 50 anos, vai deixar uma fortuna em direitos autorais, vai vender mais que seu quase último show e engrossar a lista dos artistas que morreram que vão continuar faturando muito por muito tempo. Essa temática vai perpetuar por todo o ano de 2009, vai ter muita gente pensando em como aproveitar esse assunto. Mas assim como a geração de jovens de hoje não viu Ayrton Senna morrer, a nova geração do ano 2000 também não saberá quem foi Michael Jackson. Só que enquanto Ayrton Senna emocionava pelas corridas, Michael Jackson poderá ser acessado pelas formas que a música irá se transformar. Sem comparações desses ícones, apenas a diferença entre como a morte de Ayrton Senna foi explorada posteriormente e como será explorada a de Michael Jackson. Os LPs e CDs já começaram a acabar nas prateleiras do Brasil, imaginem o que poderá vir. A latinha ao lado não existe, foi apenas uma homenagem de um fã. Mas será que o fato acabará nas oportunidades? Acreditem, é ver para crer.

Já no mundo dos alimentos, o Brasil é hoje o quarto maior consumidor mundial de chocolate, atrás apenas dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido. Marcas como Nestlé, Garoto e Lacta representam quase 90% das vendas do setor, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amêndoas e Balas (Abicab).

Dados são sempre bom para entender o mercado, a Cacau Show está crescendo mais de 35% ao ano nos últimos anos, enquanto o setor de chocolates cresce 12% ao ano (o dobro do mundial). Faturou 165 milhões de reais em 2008 e a previsão para 2009 supera os 200 milhões.

Uma empresa que tem uma taxa de crescimento de 35% ao ano possui no mínimo um diferencial e não estou falando de logotipo bonito, e sim um conjunto de diferenciais competitivos que proporcionam à Cacau Show uma taxa de crescimento nesse volume. Mas que fatores competitivos são esses? A reação do mercado já começou. Seu foco é a classe C e a CRM (controladora da Kopenhagen) lançou uma segunda marca em 2009, a Brasil Cacau, para disputar os consumidores da classe C, com preços muito próximos aos da Cacau Show. Os próximos passos serão decisivos para garantir o crescimento à taxas atuais. Estar sempre à frente será o desafio de decisão do curto prazo para continuar a garantir rentabilidades no longo prazo.

E como agregar valor aos produtos? Sair da mesmice e virar objetos de desejos? A Coca-Cola customizou suas garrafas Light com o designer Roberto Cavalli em 2008 para a Fashion Week de Milão e foram vendidas por 3 meses na Itália uma quantidade limitada dessas garrafas.

Mas a Coca-Cola é a Coca-Cola e usar o Cavalli está fora do seu budget? Use a idéia de explorar a marca em outros produtos. Foi pensando em como aproveitar a febre dos MP3s da vida e não sendo uma empresa de tecnologia que a M&M licenciou a sua marca para vender fones de ouvidos. Pode nem ter sido iniciativa da M&M, mas com certeza quem licenciou teve a grande idéia de usar a marca e o formato dos M&Ms. Chamam a atenção só de olhar e ainda parece que você vai comer M&Ms.

Já sei, você não desiste nunca e quer algo mais simples, mas não tem nenhuma marca famosa, não tem como pagar um artista famoso e licenciar a sua marca ainda está muito longe. Mas se tem uma idéia na cabeça, coloque ela em prática. Já dizia Schumpeter, inovação só é inovação se puder ser comercializada. Aprenda, quem faz inovação não é quem faz somente pesquisa. Quem faz inovação é quem transforma as idéias em algo comercializável. Pensando nisso, a empresa Athas resolveu usar o famoso design das canetas Bic e banhou elas à ouro 18 kilates, fez em aço, argentum e outros metais. Resultado, canetas jóias, diferentes e inovadoras (lembre-se da prerrogativa do conceito de inovação). Com tantos exemplos, dá para pensar em fazer algo diferente? Qual é o seu desafio? Já listou ele?

fontes: Dieline, Exame PME, Cleveland, Amazon.com, athas
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