terça-feira, 30 de junho de 2009

Marketing de Guerrilha: Mentos nas cidades do Canadá

O interessante das ações de guerrilha é que elas são o máximo de criatividade no mínimo de custos possíveis. Nesta ação, a Mentos resolveu criar uma ação em três cidades do Canadá para criar buzz. Criou um canal no Youtube, fez as ações na rua, tudo como manda a cartilha.

No meu ponto de vista a agência atingiu o objetivo, fazer algo criativo com pouco. Mas, pelos números que vi no site oficial da ação no Youtube, não foi tão numericamente efetivo. E pelos vídeos, parece que o problema foi que não tinham tanta gente na rua ou os pontos que utilizarão não foi lá tão estratégicos. Daria mais efeito na pota de uma escola bem na hora da saída. O interessante é que vai aumentar cada vez mais a tentação de você, que cuida de marketing, em querer fazer uma ação desse tipo. Fica registrado mais uma ação criativa.

Parada técnica, 3 dicas de Marketing: Disney, Guerrilha e Kotler

As vezes uma parada parar para ler um pouco mais ajuda a dar insight fantásticos. Pensando nisso, recomendo:

Em Marketing - 8 princípios de autenticidade
Nos anos 1990, a Disney se perdeu. Sua ânsia de crescer fez com que traísse a tradição voltada para a família e as experiências focadas nos personagens. Em vez de seguir produzindo e distribuindo Disney em diversos canais dirigidos a crianças e seus pais, adquiriu o canal ABC e o estúdio cinematográfico Miramax. Agora, seu CEO, Robert Iger, quer restaurar a autenticidade. Oito princípios podem ajudá-lo. Leia mais aqui

Mais Marketing - O manual do guerrilheiro
As empresas cedem aos encantos do marketing de guerrilha - uma estratégia de promoção que traz visibilidade e risco na mesma proporção. No mês passado, 3 000 pessoas se reuniram no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, num protesto organizado por um certo Movimento dos Sem Namorados. Uma passeata nos mesmos moldes havia sido realizada dois dias antes no Rio de Janeiro, levando 500 pessoas a caminhar pelas ruas do centro da cidade em plena sexta-feira, protestando contra o fato de estarem sem um par a poucas semanas do Dia dos Namorados. As manifestações eram, na verdade, uma ação de marketing do site de relacionamento ParPerfeito. Duas semanas antes, a empresa carioca Biruta Mídias Mirabolantes, especializada em ações inusitadas, havia recebido do site a missão de elaborar uma campanha para o Dia dos Namorados com apenas 60 000 reais. Com esse dinheiro, não se compra mais do que um quarto de página de espaço publicitário num jornal de grande circulação. Mas as passeatas renderam mais de 300 matérias de TV, rádio, jornal e internet, o equivalente a 10 milhões de reais em mídia espontânea. Leia mais aqui.

E - Kotler: 5 passos para o sucesso em marketing
O que esse especialista entende como os cinco passos para o sucesso em marketing:
1. Chegue sem ser pego pelo radar.
2. Conheça seu cliente.
3. Tenha sua estratégia de branding.
4. Permaneça à frente da concorrência.
5. Crie uma experiência.
Quer ler mais? Clique aqui.

Fontes: HSM, Exame

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Marketing falho: Governo Federal vai aderir ao blog, faz consulta pública, mas não informa nada em suas páginas

Erros de marketing clássicos dignos de estar nos livros de Kotler, só os casos americanos. Mas está para engrossar o livro um caso do Governo Brasileiro. O portal G1 da Globo informa que, em uma nota do governo, os internautas já podem mandar sugestões para o futuro blog da Presidência até 7 de julho de 2009. Ou seja, uns 8 dias contando hoje (30/06/2009). É possível sugerir assuntos a serem abordados e ferramentas de interação. Depois que o presidente dos EUA ganhou as eleições, em parte, com a ajuda da internet, parece que o governo resolveu se modernizar. O 'Blog do Planalto' está previsto para ser lançado no mês que vem, Julho/2009. Rápido, não? Será que já está pronto? Que empresa está cuidando disso? Será que foi alguma agência de publicidade? No final você irá se questionar se essa pesquisa tem algum fundamento.

Os interessados podem acessar o link www.planalto.gov.br/consultablog e preencher um questionário sobre quais assuntos devem ser abordados e quais ferramentas de interação podem ser utilizadas, como espaço para comentários e enquetes.

Só para lembrar, apenas parte da população brasileira tem acesso à internet, será que o Governo pensou nisso? A última estatística mostra que 35 milhões de brasileiros acessam à internet. Com certeza a maioria é de classe média, alta e altíssima. Imagina quem está lendo este post?

Os internautas podem opinar sobre o tamanho dos artigos e sugerir redes sociais para a Presidência participar. Boa deixa para as redes sociais brasileiras fazer um lobby. Há espaço livre para outras sugestões e não é preciso se identificar. Segundo a Presidência, o "Blog do Planalto" será "mais um canal" de comunicação do governo para se adaptar às necessidades da população.

Irei comentar alguns pontos com 2 focos, estratégia e marketing.
Pontos estratégicos: Dizem que estratégia é uma forma de se chegar a alguma lugar. Onde o Governo pretende chegar com o blog? O governo federal tem um site fantástico, é o da Receita Federal. Funciona bem porque mexe com o bolso do brasileiro. Os demais são falhos, muito confusos e cheio de informações desnecessárias. A sensação que dá é que pouca gente acessa, você já viu alguma estatística sobre o site do governo federal? Falta o essencial para o site do governo, dinâmica. Será que o Blog vai atingir esse desafio?

Abrir um blog é como abrir um canal de comunicação imediato, que demanda resposta imediata e praticamente deve-se ter uma área só para responder à essa demanda. Será que a infra estrutura sistêmica do governo vai dar conta do recado? Está parecendo outra jogada de marketing.

Pontos de marketing: Bela inciativa do governo, a não ser por um único ponto. Não houve integração da comunicação. Explico, não há link em nenhum site do governo, seja da Presidencia.gov.br, seja do Brasil.gov.br que apontem para essa pesquisa. Interessante, não? Que tal perguntar para a agência que está cuidando disso, será que tem agência nisso? Quando se clica no link (pode copiar o link que dá na mesma), você é remetido para um site do google docs (sim, ferramenta gratuita do Google). Um problema, o site não é do governo. Não há nenhum logo do Governo Federal (você vai pensar que é pegadinha ou é um vírus). Mas não tem nada, eu disse nada, que fale que a pesquisa é do governo, a não ser o link inicial que é do governo que aponta para o site do Google Docs. Uma vergonha. Mas vamos em frente. Só há uma pergunta sobre um espaço para "INTERAÇÃO" do usuário, no qual pode postar um comentário. Voltando, o questionário é, infelizmente, infantil, pois no geral pergunta o que já é utilizado por um blog, como qualquer blog. São perguntas totalmente desnecessárias. Se alguém for preencher o questionário, sugiro que marquem tudo. Quem eles vão atingir com essa pesquisa? Vou parar por aqui, pois cansei de criticar essa ação, que nem cara de pesquisa de opinião possui. E que pelo visto, já está começando errada. Espero que alguém do governo corrija esses erros primários a tempo de dar margem para ser realmente útil.

fonte: G1, pois não vi nada nos sites do Governo.

Propaganda enganosa? Varejo e indústria não repassam corte do IPI e as vendas aumentam, como?

Com a bandeira da crise, o governo foi na mídia, soltou o verbo e ainda assinou em baixo. Redução de IPI para a indústria de linha branca mirando nos descontos que os clientes iriam ter e vislumbrando o aumento do consumo. Anúncio que a mídia espalhou que nem cheiro de cafezinho em buteco de centro da cidade, propaganda melhor e de graça, impossível. Com o governo de aliado, com a mídia jornalística fazendo propaganda, foi fácil vender. As equipes de marketing já sabiam o que fazer nas lojas. Resultado: deu certo! O consumo de linha branca aumentou e "todo mundo" está feliz. O governo já abriu mão de R$ 1,6 bilhão via desonerações e reduções de tributos sobre veículos, eletrodomésticos da linha branca e material de construção, mas o problema é que tal benefício não foi repassado, em muitos casos, integralmente ao consumidor.

Segundo levantamento da FGV feito a pedido da Folha, boa parte dos produtos alvo da isenção ou do corte do IPI não sofreu queda de preço no varejo proporcional ao benefício, que deve ser prorrogado (parabéns aos poucos que convenceram o ministério responsável). Pelos dados da pesquisa, não é possível identificar com precisão qual elo da cadeia deixou de repassar o corte do imposto.

O caso mais emblemático é o dos fogões, cuja alíquota do IPI caiu de 5% para zero. No varejo, o produto baixou, em média, só 0,97% entre abril e junho. E quem "comeu" os outros 4,03%? Apenas os carros se salvaram na pesquisa. Segundo a FGV, o preço do automóvel novo caiu 6,93% de janeiro a junho. Isso porque o modelo de negócio da indústria automobilística tem apenas um intermediário na cadeia de distribuição, as concessionárias que são ligadas diretamente às indústrias. Ponto de atenção para o governo pensar melhor nas próximas reduções ou alerta geral para mostrar que a reforma tributária vai fazer mais um aniversário sem solução definitiva. Enquanto isso, as empresas guardaram todas as possíveis ações que foram substituídas pela bola da vez, redução do IPI. Esse é o perigo estratégico, guardar velhas fórmulas e aplicá-las um cenário e contexto diferente de quando foram concebidos. Lembrando que grandes empresas fazem planejamentos com 1 ano de antecedência, a redução de IPI do governo salvou o bônus de muita gente, o que é ruim, pois pode gerar acomodação e falta de promoção real no mercado. Boa oportunidade para quem conseguir ver esse cenário. Será que a direção da sua empresa enxerga isso?
Fonte: Folha

sábado, 27 de junho de 2009

Novo nicho no mercado de luxo : Outlet Premium São Paulo, primeiro de muitos?

O mercado de luxo vai se consolidando ano após ano. Pelo visto nunca mais vai falir. Segundo dados do banco de investimento Merrill Lynch, o número de pessoas com patrimônio superior a 1 milhão de dólares aumentou de 92 000 em 2002 para 143 000 em 2007.

Segundo a MCF e GfK, especializadas no segmento de luxo, os consumidores brasileiros de luxo gastam em média R$ 3 000 a cada compra e não raro fazem de duas a três aquisições por mês. É um número quatro vezes maior do que o verificado na Índia e o dobro do que gasta um consumidor chinês. Existem algumas diferenças também em relação à idade e à escolaridade do cliente-padrão. De acordo com o estudo, mais da metade dos compradores brasileiros de marcas de prestígio é mulher com nível superior e idade entre 26 e 35 anos. Na China e na Rússia, o público dessas grifes são mulheres mais jovens, com idade entre 20 e 30 anos, e elas nem sempre têm diploma.

Mesmo com um vasto território e com uma legião de clientes endinheirados que fizeram fortuna com o agronegócio, aproximadamente 75% dos artigos de luxo do Brasil são vendidos na cidade de São Paulo. E, desse total, 95% são comprados numa região que ficou conhecida como Quadrilátero do Luxo. Trata-se de uma área de pouco mais de 2,6 quilômetros de raio que concentra os quatro principais pontos-de-venda de grifes famosas do país (veja quadro na pág. 25): o shopping Iguatemi, no bairro de Pinheiros, as imediações da rua Oscar Freire, nos Jardins, a Villa Daslu, no bairro da Vila Olímpia, e o Shopping Cidade Jardim, localizado próximo à marginal Pinheiros.

E hoje, 27/06/2009, mais um shopping de luxo é inaugurado em São Paulo. Só que o diferencial será o desconto. É o primeiro Outlet Premium que abre suas portas na cidade de Itupeva, interior de São Paulo. O espaço, conta com 90 grifes renomadas nacionais e internacionais que oferece produtos de coleções anteriores em perfeito estado com descontos que podem chegar a 80%.

O conceito que os empreendedores da General Shopping e da Senpar, sócios no outlet de luxo, surgiu nos Estados Unidos na década de 70. Muitos acreditam que as peças com preços muito abaixo do normal são de má qualidade ou apresentam defeitos. No Outlet Premium isso não ocorre, pois as peças são apenas de uma ou duas coleções passadas e que não foram completamente vendidas nas lojas.

Outro fator importante que colabora na hora de conceder descontos aos consumidores é a infra-estrutura do shopping a céu aberto. César Ferdermann, diretor da Senpar explica que “a redução de custos com manutenção, energia elétrica e outros itens que comprometem a renda dos lojista, são revertidos em descontos superiores a 50%”. Ou seja, conceito outlet até na estrutura do Shopping que já é utilizado em novos empreendimentos de Mall no Brasil.

Estrategicamente, no meu ponto de vista, o Shopping tem um ponto à favor: a população brasileira já consome muito marcas famosas piratas e falsificadas. Se os preços forem competitivos para adquirir um produto original, o efeito buzz de boca-a-boca será ótimo. O mall é afastado do trânsito da cidade de São Paulo, fora do caos, melhor experiência de compra. O Brasil não possui um cluster, uma rua ou uma região de outlets como o nosso vizinho portenho. Enquanto muitos brasileiros compram nos outlets de Buenos Aires, a criação de estratégias de roteiro de compras do Shopping, com parcerias e infra-estrutura, poderá criar um fluxo natural e tornar-se ponto de referência no Brasil. Ainda há muito a ser realizado e pela impressão que o site me passou estão fazendo de tudo para abrir as portas às pressas e corrigir o que falta ao longo do tempo.

Mas no primeiro mundo ou nos países desenvolvidos a novidade é velha. A Chelsea Premium Outlets, por exemplo tem lojas nos EUA e Japão. M u i t a s l o j a s. Até a cara do site da Premium Outlet São Paulo é parecida com a da Chelsea, em sua estrutura, com mulher bonita à esquerda, fundo branco, menus horizontais no topo, o endereço da web, etc. Comparem e comprovem. A não ser que a Chelsea tenha algum acordo com o empreendimento brasileiro, dá para ver que a estratégia de copiar o sucesso americano foi tomado ao pé da letra.

"A inauguração brasileira tem o que chamo de "efeito dominó", ou novos centros de outlets são criados ou deve-se fazer um esforço muito bem planejado para transformar o ponto em uma referência nacional. Minha dica de graça? Criar o Twitter, atual febre de rede social e microblog que poderá ser um diferencial. Se demorarem a criar isso, podem ter certeza, está faltando pessoal e visão de negócios para tornar o empreendimento um "first mover" no mercado de outlets de luxo. E se você fosse o responsável pelo marketing, o que você faria?"

Fonte: Exame, DCI

Tendências, Investimentos e Prejuízos: Microsoft, Telefônica, Vale, Tata Motors

A estratégia de comprar a Jaguar e a Land Rover mais a crise mundial prejudicaram a montadora Tata Motors, que registrou o primeiro prejuízo anual em oito anos. O principal fabricante de veículos na Índia teve perdas de US$ 520 milhões. Acredito que quanto mais rápido a Tata lançar o Nano no exterior (previsto para 2010-2011), mais rápido poderá se recuperar antes que apareça um concorrente Chinês.

Em termos de tendências, a Microsoft vê forte crescimento gradual na publicidade em celulares e acredita que dentro de cinco anos, a publicidade para celulares responderá por cinco a 10 por cento dos gastos de mídia.

Já no nosso Brasil, a Telefônica antecipará investimentos de R$ 70 milhões em melhorias no Speedy. O presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente Valente disse que os R$ 70 milhões já estavam previstos, dentro do orçamento total de R$ 750 milhões para a rede de banda larga, neste ano. Em 2007 a Telefônica faturou quase R$ 3 bilhões no serviço de trasmissão de dados, sendo boa parte do crescimento devido à Speedy. Isso significa apenas 2,3% do que faturou nessa área em 2007. E ainda não vi nenhuma ação de marketing e vendas da Net para suprir o mercado nesse curto espaço de tempo. Será que a concorrência não vai usar isso à seu favor?

E já não é novidade, mas o diretor executivo de Finanças da Vale, Fábio Barbosa, reafirmou ontem que o interesse da Vale nos investimentos em energia é o consumo próprio. Sozinha, a mineradora brasileira absorve 4,5% de toda a energia elétrica produzida no País.
As investidas da mineradora brasileira no segmento de energia incluem ainda o projeto de carvão em Moatize (US$ 2,8 bilhões na construção de usina térmica em Moçambique, África), e investimentos em biodiesel na Região Norte do Brasil com biodiesel de óleo de Palma. Atualmente, a companhia gasta US$ 2,5 bilhões em insumos energéticos por ano, dos quais US$ 700 milhões para adquirir 1 bilhão de litros de diesel. Se a Vale, mesmo pelo porte, investe em energia para consumo próprio, por que outras grandes empresas não buscam o mesmo caminho? Será que faltam profissionais para gerar as soluções?

Fontes: G1, Yahoo, Último Segundo

Inovação - investimentos, incentivos, venture capital e empreendedorismo

Conheço o tema inovação, seu papel, suas limitações, sua evolução e os desafios no Brasil e no mundo. Seus tipos vão de disruptiva, incremental, e tantas outras nomeclaturas para definir o grau de inovação. Uma das grandes discussões é que o governo tem um grande papel nesse sentido. Tanto de provocador como apoiador desse processo. Sim, inovação é um processo. Para muita gente, inovação é algo caro, complexo e envolve tecnologia. Engano, inovação é um processo. O resultado final pode ser um produto com tecnologia, ou uma simples melhoria no processo produtivo.

Dados
Em termos de incentivo a última pesquisa GEM – Global Enterpreneurship Monitor, divulgada em março de 2009 pelo Sebrae, mostra que apenas 0,6% das micro e pequenas empresas brasileiras são inovadoras. O Brasil está entre as últimas posições no ranking dos 43 países pesquisados no estudo. Sim, estamos entre os últimos. Uma vergonha quando os paises do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) estão ganhando foco no cenário de crise. Mas “com incentivo, as micro e pequenas empresas inovadoras podem saltar das atuais 50 mil para 80 mil em dois anos”, diz o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza, especialista no assunto.

Verbas
Não têm dinheiro para colocar aquele projeto inovador em funcionamento? Lembra quando falei do papel do governo? A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agência de inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, no programa Inovar Fundos, acaba de acrescentar mais quatro parceiros: Fundação Cesp, o fundo de pensão Fibra da Itaipu Binacional, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul.

O diretor de Inovação da Finep, Eduardo Costa, disse à Agência Brasil que embora as ações de capital de risco sejam recentes no Brasil, o país é pioneiro na América Latina. E o sucesso do Inovar já começa a ser replicado para mais países latinos. Mas não se iluda, ainda somos "peanuts" em inovação no mundo. E isso é culpa nossa, pois há mecanismos, mesmo que escassos, para fazer inovação.

Números
Atualmente, os fundos Inovar contam com oito parceiros: Fundo Multilateral de Investimento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), os fundos de pensão Petros, Previ, Funcef, Fapes, Fachesf, Eletros e a BM&F Bovespa. Cada fundo investe em dez ou 12 empresas inovadoras durante um período de cerca de três a quatro anos. Segundo Costa, a ideia é que o número de fundos cresça muito nos próximos anos. Ele disse que, com a crise internacional, a queda nos juros provoca um movimento na direção dos fundos de maior risco, em geral. No caso da Finep, isso é sentido nos fundos de capital de risco, que despertam interesse dos investidores, em especial dos fundos de pensão.

As empresas inovadoras apoiadas pelos fundos Inovar são, predominantemente, de tecnologia mais intensa. O maior setor é o de tecnologia da informação e comunicação (TIC), seguido de biotecnologia (biomassa) e energias renováveis. A participação da Finep é de aproximadamente 10% dos fundos maiores até 49% dos fundos menores, com a participação média entre 15% a 20%. “No final, a gente multiplica o nosso dinheiro por seis ou sete”, afirmou Costa.

Case de empreendedorismo
Você já sabe que estamos engatinhando em inovação, sabe que existe fundos de incentivos para colocar aquele projeto em prática e agora entenderá um mini case do Grupo Accor, que atua no Brasil há 33 anos com diferentes marcas divididas no segmento de hotelaria e de serviços. Por isso, até 2005, a empresa procurava responder a seguinte questão “se eu tenho um Grupo que trabalha com business tão diferentes, como alavancar vendas entre os clientes dessas marcas, já que todas trabalham no mesmo grupo?”, comenta Gustavo Z. Chicarino, diretor de Estratégia e Marketing do Grupo.

A resposta foi a criação dos Clubes de Sinergia Accor, fóruns de cooperação, constituídos por representantes de todas as marcas de determinada região, com objetivos e metas orientadas para a sinergia de negócios, por meio de cooperação e ações compartilhadas entre as diferentes marcas. O Clube precisa identificar e desenvolver negócios, potencializar recursos, promover a integração entre as marcas, fortalecer a imagem do Grupo, difundir e incentivar a cultura Accor e disseminar valores institucionais.

Mecânica
O Grupo conta com 15 clubes distribuídos por todo o Brasil, e cada um contém a presença mínima de três marcas por região. Cada marca é representada por, no mínimo, dois funcionários, e cada clube conta com um coordenador e um secretário. Ao ser formado, a primeira atribuição do clube é a construção do Plano de Metas, estabelecendo objetivos a serem perseguidos ao longo do ano em três eixos: 'People', com ações de clima e relacionamento, aproveitamento dos recursos de RH, integração e confraternização, e ações de responsabilidade social para o público interno e externo; 'Service', para a alavancagem da marca Accor na região, cross-selling na carteira de clientes, ações conjuntas de relacionamento para o cliente, gestão da informação e blindagem dos clientes; e 'Profit', para a otimização de recursos, utilização de instalações ou facilidades comuns, gestão de contas inadimplentes ou não-rentáveis, análise de oportunidades, e meta em volume de negócios.

Resultados
De 2005 a 2008, os Clubes fecharam mais de 450 milhões em novos negócios, e trouxeram um montante de 734 novos clientes para o Grupo Accor. Em 2009, a meta para os Clubes é a conquista de R$ 101 milhões e 500 mil reais em novos negócios.

"A abertura de novos negócios é sempre vista com desconfiança pelas empresas que crescem fazendo a mesma coisa há anos, décadas, mas quando é direcionada para a inovação, empreendedorismo, com metas claras e com o objetivo de diversificação e melhorias contínuas, os resultados normalmente são sempre positivos. A evolução das empresas, dos negócios e dos empreendimentos começam com as pessoas e o DNA cultural da empresa, se não focar nesse fator inicialmente, qualquer ação poderá enfrentar maiores riscos no sucesso da inovação. Acredite, incentive e comece a mudar a cultura da sua empresa. Destine apenas 10% para coisas novas e garanta a oxigenação necessária para enfrentar a dinâmica do mercado. Não sabe como fazer? Peça ajuda, melhor fazer algo novo do que a mesma coisa durante anos."

Fontes: DCI, Agência Brasil, Meta Análise

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Marketing - Interatividade e comida, receitas para relacionar-se com os clientes do Pão de Açúcar, Knorr, Consul e H2OH!

Parece que o inverno está inspirando um conjunto enorme de ações promocionais. O interessante é que não precisa de sorteio e isso faz toda a diferença, pois qualquer promoção pública que envolve sorteio deve ser cadastrado e autorizado pela CEF. O que demanda planejamento, tempo e muito mais dinheiro envolvido na ação. A solução? Concursos culturais, que são subjetivas e vão até onde a criatividade puder ser explorada. E a com o uso da internet as ações estão pipocando a todo instante. Se antes o consumidor era atraído a consumir os produtos e concorrer ao sorteio de prêmios, agora ele tem a possibilidade, mais do que nunca, de ganhar algo sem ter que comprar o produto.

Neste mês o Pão de Açúcar resolveu fechar parceria com o site www.vamoscozinhar.com.br. Ele é o primeiro portal exclusivamente dedicado a reunir vídeo-receitas na internet e acaba de incluir em sua grade de programação um canal só para o Pão de Açúcar. Para aproveitar essa notícia, mais de 700 mil clientes Mais e do Pão de Açúcar Delivery em todo o País receberam em suas caixas de mensagens um convite para conhecer o site. A gerente de e-marketing da rede, Andréa Dietrich, conta que a ação está em sintonia com a publicação de receitas e produtos “Sabores da Semana”, distribuída nos supermercados semanalmente e encartada para assinantes da revista “Veja”. “A novidade agora é que contamos com as receitas em vídeo, um grande diferencial, já que o cliente pode pausar e voltar trechos no momento do próprio preparo”, diz. Já o idealizador do Vamos Cozinhar, Reginaldo Siqueira, identifica um momento especial da internet, com o uso massivo de web vídeo por um grande anunciante para um público variado: “é uma ação de marketing de perfil inédito em auto-serviço”, comenta.

A Knorr e a Consul lançam um concurso cultural no YouTube, que vai premiar com uma cozinha completa a melhor resposta à questão “E para você, por que toda refeição é uma oportunidade?”. A iniciativa é mais uma ação da campanha “Toda refeição é uma oportunidade”, de Knorr, que tem como missão mobilizar as pessoas sobre a importância de se cultivar o hábito de sentar-se à mesa em família. Mais um concurso cultural que usa a internet e o tema de comida para fisgar o consumidor a interagir com a marca e sem comprar nenhum produto. As inscrições poderão ser feitas até 31 de julho no site www.youtube.com.br/knorr, que traz instruções do concurso apresentadas pelo Chef Knorr, André Meana, que ainda dá dicas de como os participantes podem elaborar a melhor resposta.

A H2OH! fez o seguinte, até o próximo dia 30 de junho, os internautas podem enviar sugestões de receitas que tenham com base a versão da bebida H20! limão e maracujá. As dez melhores propostas serão premiadas com redes de balanço exclusivas da marca, sendo que as três mais bem colocadas ganharão ainda 200 unidades do produto da embalagem de 500ml diretamente em casa. Para concorrer, basta entrar no site, enviar sua receita e torcer. Todas as receitas premidas estarão na web à disposição dos internautas.

Então, não tem verba? Use produtos como brindes nas ações culturais. As empresas sempre têm facilidade de "dar" os produtos do que disponibilizar verba em dinheiro para realizar uma ação.

“Com essa ação, H2OH! intensifica sua relação com o consumidor tornando o co-autor de uma de suas maneiras diferenciadas de consumo: as bebidinhas de H2OH!. Essas misturas são refrescante, leves e saborosas, feitas a base de H2OH!, frutas e outros ingredientes especiais”, explica Nora Mirazon, diretora de marketing da Pepsi. A seleção dos ganhadores do concurso será feita por uma comissão julgadora e levará em conta a possibilidade do uso de H2OH limão e maracujá, não conter bebida alcoólica, ser criativa, original e muito saborosa.

"Depois desses exemplos da mecânica descrita, está na hora de preencher o calendário promocional da sua empresa com concursos culturais e aproveitar a falta de verba de marketing para não perder o ritmo de fazer ações de marketing. Já pensou em quantas ações como essas para a sua empresa? Nenhuma? Faz B2B e acha que isso é tudo B2C? Seu desafio será implantar um concurso cultural, será que consegue?"
fontes: consumidormoderno, H2O!

Marketing Promocional no Brasil - Pesquisa Ampro e Ibope 2009

Merchandising? Marketing digital? Promoção no ponto de venda? Distribuição de brindes? Não precisa correr como as meninas ao lado (propaganda da Axe no maio da paulista), mas com verba de marketing e visão dá para fazer muita coisa. Eu mesmo já fiz "milagres" no ponto de venda sem nenhum tostão e provei em 3 meses que merecia verba. A 2ª pesquisa de mercado da Ampro e do Ibope Inteligência sobre o comportamento e as tendências do marketing promocional no Brasil nos próximos anos contemplou as opiniões de 100 empresas. Os dados foram coletados de janeiro a março de 2009 e os resultados tiveram como base as ações das empresas dos últimos 12 meses.

Entrevistados
- 59% pertencem à área industrial (alimentos, química, automobilística,, eletroeletrônicos, farmacêuticas, construção, entre outras) e 41% à área de serviços (bancos, laboratórios, vestuário, drogarias, supermercados, shoppings e outros.
- 86% pertencem à região sudeste, 7% à região sul, 5% à centro-oeste e 2% ao nordeste do país.
- 53% são gerentes, 25% coordenadores e 9% diretores.
- 67% pertencem à área de marketing da empresa, 24% de Trademarketing, 18% de eventos, 16% de comunicação/publicidade, 15% de promoções, 12% de merchandising e 12% de marketing promocional. Já as meninas de cabelo de fogo são da feira de games.

Investimentos e resultados
- “Promoção” e “Merchandising” são os termos mais utilizados pelos executivos para se referir ao marketing promocional.
- 73% contratam ações promocionais no PDV
- 73% já pré-definem e planejam previamente as ações de marketing promocional
- 56% investem em aquisição e logística de brindes/prêmios
- 55% fazem marketing de eventos.
- 53% focam aquisição e logística de materiais promocionais
- 45% investem no design gráfico e comunicação visual
- 44% usa a aquisição e logística de materiais de PDV
- 43% investem no in store marketing
- 42% fazem campanhas motivacionais para público interno ou externo.

Tendências
- 56% considerarão o marketing digital
- 51% focarão nas ações de PDV
- 46% continuarão com ações de incentivo
Já usar modelos semi-nuas, como na foto ao lado, sempre geram buzz e mídia espontânea.

Promoção X Publicidade
- 63% tendem a destinar uma verba maior para as atividades promocionais
- 70% dos entrevistados responderam que as agências de propaganda são especializadas apenas em campanhas publicitárias e não em marketing promocional
- 71% concordam que o custo da contratação de uma agência de propaganda para desenvolver ações promocionais encarece o processo
- 53% consideram a promoção o melhor instrumento para atingir as classes C, D e E

Brindes
- 80% usam em eventos
- 79% nas ações de PDV
- 72% nas campanhas de incentivo
Em incentivos: 69% usam catálogo de prêmios, 52% em viagens e 51% usam os cartões de premiação.
- 60% nas feiras
- 49% nas campanhas de relacionamento
- 44% nas ações de marketing direto
- 38% nas campanhas de fidelização
- 27% nos congressos.

"Quem nunca investiu em marketing promocinal pode começar o processo de decisão vendo os números acima. Não precisa apelar para modelos maravilhosas, mas se puder contratá-las sempre chamará a atenção. E como a pesquisa mostra, a tendência do marketing digital parece pairar na preocupação dos gestores entrevistados. E se sua empresa não tem e-commerce, usar o marketing digital dependerá de uma estratégia de integração da comunicação e da ação promocional para ter a efetividade necessária. Se continua cético de que promoções não vendem, saiba que algumas ações atingem 100% de aumento de vendas, fácil. Façam suas contas, verifiquem se o que será investido dará o retorno esperado e principalmente o aumento de vendas projetado. Agora fazer promoção sem ter um objetivo claro, melhor não fazer nada e guardar a verba até que tenham tudo planejado. E cuidado com resultados ridículos, quem nunca vendeu e vendeu com ação promocional está enganando a si mesmo e praticando a auto-sabotagem no marketing. Sucesso a todos!"
Fonte: Ampro

Desafios em Marketing e Estratégia: Michael Jackson, Cacau Show, Coca-Cola, M&M, Bic

Michael Jackson morre aos 50 anos, vai deixar uma fortuna em direitos autorais, vai vender mais que seu quase último show e engrossar a lista dos artistas que morreram que vão continuar faturando muito por muito tempo. Essa temática vai perpetuar por todo o ano de 2009, vai ter muita gente pensando em como aproveitar esse assunto. Mas assim como a geração de jovens de hoje não viu Ayrton Senna morrer, a nova geração do ano 2000 também não saberá quem foi Michael Jackson. Só que enquanto Ayrton Senna emocionava pelas corridas, Michael Jackson poderá ser acessado pelas formas que a música irá se transformar. Sem comparações desses ícones, apenas a diferença entre como a morte de Ayrton Senna foi explorada posteriormente e como será explorada a de Michael Jackson. Os LPs e CDs já começaram a acabar nas prateleiras do Brasil, imaginem o que poderá vir. A latinha ao lado não existe, foi apenas uma homenagem de um fã. Mas será que o fato acabará nas oportunidades? Acreditem, é ver para crer.

Já no mundo dos alimentos, o Brasil é hoje o quarto maior consumidor mundial de chocolate, atrás apenas dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido. Marcas como Nestlé, Garoto e Lacta representam quase 90% das vendas do setor, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amêndoas e Balas (Abicab).

Dados são sempre bom para entender o mercado, a Cacau Show está crescendo mais de 35% ao ano nos últimos anos, enquanto o setor de chocolates cresce 12% ao ano (o dobro do mundial). Faturou 165 milhões de reais em 2008 e a previsão para 2009 supera os 200 milhões.

Uma empresa que tem uma taxa de crescimento de 35% ao ano possui no mínimo um diferencial e não estou falando de logotipo bonito, e sim um conjunto de diferenciais competitivos que proporcionam à Cacau Show uma taxa de crescimento nesse volume. Mas que fatores competitivos são esses? A reação do mercado já começou. Seu foco é a classe C e a CRM (controladora da Kopenhagen) lançou uma segunda marca em 2009, a Brasil Cacau, para disputar os consumidores da classe C, com preços muito próximos aos da Cacau Show. Os próximos passos serão decisivos para garantir o crescimento à taxas atuais. Estar sempre à frente será o desafio de decisão do curto prazo para continuar a garantir rentabilidades no longo prazo.

E como agregar valor aos produtos? Sair da mesmice e virar objetos de desejos? A Coca-Cola customizou suas garrafas Light com o designer Roberto Cavalli em 2008 para a Fashion Week de Milão e foram vendidas por 3 meses na Itália uma quantidade limitada dessas garrafas.

Mas a Coca-Cola é a Coca-Cola e usar o Cavalli está fora do seu budget? Use a idéia de explorar a marca em outros produtos. Foi pensando em como aproveitar a febre dos MP3s da vida e não sendo uma empresa de tecnologia que a M&M licenciou a sua marca para vender fones de ouvidos. Pode nem ter sido iniciativa da M&M, mas com certeza quem licenciou teve a grande idéia de usar a marca e o formato dos M&Ms. Chamam a atenção só de olhar e ainda parece que você vai comer M&Ms.

Já sei, você não desiste nunca e quer algo mais simples, mas não tem nenhuma marca famosa, não tem como pagar um artista famoso e licenciar a sua marca ainda está muito longe. Mas se tem uma idéia na cabeça, coloque ela em prática. Já dizia Schumpeter, inovação só é inovação se puder ser comercializada. Aprenda, quem faz inovação não é quem faz somente pesquisa. Quem faz inovação é quem transforma as idéias em algo comercializável. Pensando nisso, a empresa Athas resolveu usar o famoso design das canetas Bic e banhou elas à ouro 18 kilates, fez em aço, argentum e outros metais. Resultado, canetas jóias, diferentes e inovadoras (lembre-se da prerrogativa do conceito de inovação). Com tantos exemplos, dá para pensar em fazer algo diferente? Qual é o seu desafio? Já listou ele?

fontes: Dieline, Exame PME, Cleveland, Amazon.com, athas

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Redes Sociais: mini cases da Rede Globo e CEOs

Se você quiser entender como a Rede Globo lida com o fenômeno e a questão das redes sociais veja a apresentação da Mônica Albuquerque, Diretora de Comunicação da TV Globo, é jornalista, trabalha há 10 anos na Central Globo de Comunicação (CGCOM).

Mas para resumir e dar à você uma idéia de como começar a pensar em implantar essas estratégias na sua empresa, vamos à alguns dados:
Em marco/2009, por sugestão da Bites, o Ibope Inteligência foi contratado pela emissora para realizar um estudo para ajudar a Globo a enxergar melhor esse universo. Usou-se a tag Globo e alguns parâmentros e filtros.

40 blogs que mencionavam produtos e ações da emissora foram identificados. Identificou-se um comprometimento de blogueiros em “festejar a importância da visibilidade de blogs / blogueiros na tv”. 21 comunidades no orkut foram eleitas para um trabalho inicial regular doravante, além dos 40 blogs.

Em síntese, algumas sugestões do estudo foram:

- Fortalecer as ferramentas institucionais na internet
- Aproximar-se da comunidade de fãs
- Abrir um canal de relacionamento com os blogs
- Usar o twitter para comunicações instantâneas
- Manter monitoramento permanente

Com isso entendeu-se que a própria home da Rede Globo deveria ter uma nova roupagem também. Uma nova plataforma para torná-la mais afeita a esse novo cenário começou a ser construída.

Simples, não? Recomendo a todos que façam uma busca do nome da empresa de vocês. Isso é monitoramento, algo comum para quem quer cuidar da imagem, da marca e da reputação de uma empresa. Disso dá para desdobrar em várias ações. O fato é, sua empresa terá que contratar alguém só para cuidar dessa mídia. Se for uma empresa maior, cabe uma área só para isso. Não deixe que isso seja terceirizado, pode até ter orientação externa, mas o monitoramento cabe à empresa. Senão poderão cair no famoso clipping que não é lá a melhor ferramenta para o mundo online.

Agora o blog UberCEO fez uma pesquisa que apontou que nenhum dos 100 maiores executivos de empresas - CEOs (Chief Executive Officers) eleitos em 2009 pela revista Fortune têm blog.

Outros resultados:
- Só 2 tem conta no Twitter.
- 13 tem perfil no LinkedIn, sendo que apenas 3 tem mais de 10 conexões.
- 81% não têm perfil no Facebook.
- 75% tem um artigo no Wikipedia, mas 28% destes possuem título incorreto ou poucas fontes e informações.

Veja mais abaixo:


No fundo, não é surpresa. Há políticas, acordos de confidencialidade, e estar em redes sociais não é ser uma celebridade, mas a exposição é imensa e toma tempo, querendo ou não. É algo estratégico que não depende da pessoa. Se todos tivessem, a pesquisa seria para ver se eles atualizam os dados nas redes, ou seja, sempre haverá margem para discussão ao estilo paparazzis. E tem outra, a velocidade com que as redes sociais estão se desenvolvendo e evoluindo ganhou mais força com a integração na mídia televisiva e nas ações de marketing. É o velho "não quero ficar de fora" forçando a rápida adoção.

Agora é decidir o que fazer e seguir em frente. Dúvidas? Ótimo!

fonte: Boombust, Uberceo

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Case: Kit Kat Mail vence Grand Prix - Cannes Lions 2009

Esse case é show. Mereceu o Grand Prix do "Cannes Lions 2009" na categoria Media. Desenvolvido pela JWT no Japão, a ação pode ser resumida na criação de um cartão-postal comestível.

O Kit Kat é um chocolate da Nestlé do tipo wafer coberto. Parafraseando o lendário presidente do Corinthians Vicente Matheuscomo, o chocolate Kit Kat é semelhante ao Bis da Lacta. Mas lá no Japão se pronuncia Kitto Katsu, que significa sorte, algo como “você vai conseguir”. O que a JWT fez foi transformar o chocolate em um talismã, uma mensagem de boa sorte para os estudantes durante os exames escolares.

Pesquisa feita era hora de transformar o conceito em vendas. Encontraram um meio inédito, um canal de vendas que fizesse a concorrência estar longe de você, usaram o correio japonês. Como? Fecharam um acordo com o governo japonês, controlador dos correios do país (semelhante ao Brasil, não?). Isso porque existem mais de 24 mil agências dos correios no Japão, de longe a melhor malha de distribuição do que qualquer loja de varejo (não sei porque as empresas brasileiras ainda não entenderam que os Correios é um grande aliado). Resumo da ópera, criaram o Kit Kat Mail, uma mala direta com chocolate dentro, mas em formato de postal que foi vendido nas mais de 24 mil agências dos correios do Japão. A mídia espontânea em torno do projeto foi calculada em torno de 11 milhões de dólares. E no final, o que seria uma ação focada e sazonal, tornou-se um produto permanente da Nestlé. Não é show esse case? Confira o vídeo-case abaixo e confira os outros ganhadores do Cannes Lions 2009 em work.canneslions.com e se inspire.

E agora, será que alguém vai arriscar vender ou mandar brindes alimentares pelos correios. Eu já tive essa idéia esse ano sem ter visto o case da Kit Kat e você?

fontes: brainstorm9, Cannes Lions

Brasil leva 3 leões de ouro em publicidade. E o cliente, o que leva?

Leão de ouro está para as agências de publicidade assim como os Oscars estão para as produtoras de filmes. Mas no fundo, quem paga a conta são os clientes. Clientes das agências, espectadores dos filmes. Vale lembrar que boa parte de uma criação se deve ao briefing e quem faz é o cliente, ou aquela pessoa que fala com quem atende da agência e que nunca aparece em "nenhum lugar", apenas é identificado genericamente como "Cliente". O engraçado é que na produção de uma peça publicitária só falta o nome dos estagiários, nomes de pessoas físicas completas da agência, ninguém da empresa "cliente". Egos à parte, a criatividade e a competência pelo conjunto da obra, seja lá quem participa (não tirando o mérito pelo resultado final) é o que conta.

Neste ano (2009) os brasileiros levaram 3 Leões de Ouro, sendo 2 da DM9DDB e 1 da AlmapBBDO. Sendo o prêmio da AlmapBBDO na categoria de design pelo conjunto da obra das Havaianas, primeira marca brasileira mundial. O interessante do vídeo é o uso da criatividade, das cores, das características brasileiras usadas na inspiração da marca e do produto. Parabéns pelos clientes, para os que fazem a interface de contato com as agências e que exigem delas exatamente o que elas querem. Eles também merecem o prêmio e são parte integrante de qualquer prêmio publicitário.

Fonte: Portal da propaganda

Rebranding - Pizza Hut moderniza a sua logomarca

Tem empresa que faz "rebranding" (refazer a marca) que nem receita de caixinha de bolo. Segue o manual tendo a certeza que vai dar tudo certo e as vezes sai até melhor que a receita. Mas como gosto é relativo, nada é certo e algumas agências acreditam que o princípio básico é mexer na imagem e não no conceito, as vezes a mudança nem sempre agrada. A Pizza Hut acaba de remodelar a sua marca mundial, o seu logotipo para os designer e diretores de arte de plantão (aliás, quase nenhum diretor de arte é executivo, não confundam). Se você for no site americano (www.pizzahut.com) observará inclusive um release sobre o assunto. Mas a filial brasileira ainda não atualizou o seu site na nossa terra, processo burocrático que envolve marketing, agência, e o camarada que tem que colocar a mão na massa para remodelar tudo. Claro que não envolve só a mudança do logo no site, mas toda a politica de identidade visual. Vou fazer o seguinte, vou perguntar para a Pizza Hut brasileira por que o site deles não está com a nova logomarca e depois posto o resultado aqui. Resultado: fui respondido prontamente (em menos de 2 horas) pela filial brasileira que informa, como tinha mencionado acima, que como o processo é recente, ainda há muitas etapas para adequar a identidade visual, que primeiramente começará com o restaurante.
Mas vamos ao que é interessante, a Pizza Hut dos EUA comunica que só a logomarca mudou, que o resto, o sabor e a pizza que tantos gostam, continuam do mesmo jeito. Apenas alguns materiais de marketing utilizarão o "The Hut" e que "Pizza Hut" continua a existir.
No meu ponto de vista, acredito que realmente deu uma modernizada, mas a perda das cores pode transparecer um empobrecimento visual da marca, muito "vermelho". A retirada do amarelo que remete ao queijo deixou a marca mais parecendo um chapéu de comida chinesa. Mas faz parte quando se tem uma logomarca antes e depois, nada grave. Uma mudança nos conceitos e nos cardápios, voltado para uma alimentação mais saudável, como o Mcdonalds tem feito, pode ser uma estratégia melhor do que só mudar a marca, que pode não agregar muito em termos de faturamento quando o produto é o mesmo. Só mudar a marca e não mudar o conceito pode ser um gasto importante, mas pode perder os seus efeitos em termos de números quando vem sozinho.

fonte: pizzahut.com

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O começo do fim das sacolas plásticas de supermercados. Wal-Mart sai na frente.

O Meio ambiente vem se tornando "a bola da vez" no mundo inteiro e é fato, está todo mundo engajado em fazer algo de diferente. O uso das sacolas plásticas para embalar produtos em supermercados deve gerar muitos milhões para a indústria plástica, mas ela terá que se focar em outros negócios com o plástico para enfrentar a variável ambiental que as empresas estão adotando. Volto a repetir, são tantas as ações ambientais em prol da redução de sacolas plásticas que já deve ser considerada variável estratégica imediata para se adaptar aos negócios. Tenho certeza que tem empresário que ainda acha que a melhor estratégia é reduzir os preços (ação de curto prazo com prejuízos no longo prazo).

Recado dado, a preservação do meio ambiente é a tônica da campanha nacional que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lançará nesta terça-feira (23/06/09), em São Paulo, com o apoio da rede de supermercados Wal-Mart Brasil. Um dos objetivos é incentivar a substituição de sacolas plásticas, utilizando outros meios para o transporte de compras e o acondicionamento de lixo.

Números: de acordo com dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Brasil consome a cada ano 12 bilhões de sacolas plásticas. Cada brasileiro usa em torno de 66 unidades por mês. Como se trata de um material que exige longo tempo para decomposição, estimado em cerca de 500 anos, o plástico acaba provocando danos muitas vezes irreparáveis ao meio ambiente.

A rede de supermercados Wal-Mart Brasil informou, por e-mail, que a campanha nacional Saco é um Saco quer alertar a população sobre a importância de reduzir o consumo de sacolas plásticas. A campanha recomenda que a população recuse esse tipo de material, sempre que for possível, para o transporte de compras e o acondicionamento de lixo.

Desde dezembro de 2008, a Wal-Mart Brasil criou o programa Cliente Consciente Merece Desconto (R$ 0,03 por sacola a cada cinco produtos). Esse é, até o momento, o único programa no Brasil que repassa benefícios financeiros aos consumidores que recusarem os sacos plásticos para transportar suas compras.

Em setembro do ano passado, a Wal-Mart Brasil passou a oferecer aos clientes uma sacola reutilizável feita de algodão, ao preço de R$ 2,50 a unidade. A rede estima que 1,5 milhão de sacolas desse tipo já estão sendo usadas pelos clientes em todo o país. Em nível mundial, a Wal-Mart anunciou investimentos em sustentabilidade no valor de US$ 500 milhões, em cinco anos.

Na europa, várias redes de supermercados e cidades não dão sacolas plásticas, elas podem até ser compradas, mas a um preço relativamente alto e bem mais resistentes que as sacolinhas dos nossos supermercados. Essa é uma tendência mundial. No ano passado, a China proibiu o uso de sacolas plásticas. Lembrando que lá o consumo era de 3 bilhões de bolsas descartáveis por dia. O governo brasileiro está começando a "interferir" e já li editoriais recentes de que é impossível o Brasil eliminar o uso de sacolas plásticas em supermercados. Miopia grave para esse editorial e alerta básico para a indústria plástica. Para quem gosta de aproveitar oportuniddes, está aberta as oportunidades para explorar o consumo consciente, fazer sacolas de pano como brindes de marketing e adotar essa bandeira ambiental será grife de dizer que a empresa está "up to date", vai entrar na mesma linha de ter tecnologia de última geração em sua gestão. Mas será que as empresas estão preparadas para isso? Oportunidades para os fornecedores de sacolas de pano serem esmagados na negociação com os varejistas, mas ganharão na escala. First movers, agora é ver e aguardar. E você, o que acha?

Fontes: G1, Folha, Agência Brasil

domingo, 21 de junho de 2009

Não tem idéias criativas para marketing e negócios? Copie essas.

Não vou apresentar aqui uma lista de idéias para que vocês possam copiar, mas apenas duas idéias realizadas que ajudam a ultrapassar os limites do pensamento quadrado de algumas ações de marketing.

Para promover a "Semana das cenas dos assassinados" na Austrália, as agências DraftFCB, Auckland, New Zealand deram de brinde uma toalha simples com a chamada da ação para os banhistas da praia. Ao se deitar na toalha, poderiam simular a posição de alguém assassinado. Brincadeiras de humor negro à parte, a ação chamou atenção dos banhistas e encontrou uma forma descontraida de customizar brindes funcionais.

Já a Galeria Printemps (loja de departamento francesa) resolveu fazer de uma ação em várias, merchandising + venda + promoção = "Lampin Printemps" (coelho primavera - título muito conhecido na literatuda infantil francesa) . Aproveitando a nova estação (primavera) européia a rede de departamento resolveu espalhar coelhinhos azuis, verdes, rosa, voileta e vermelho por toda parte (com 1.20m a 3m) proporcionando ao melhor estilo "vacas pintadas" o impacto visual. Estando em Paris, bonecos desses tamanhos atraem a atenção dos turistas, ainda mais na capital mundial do turismo, que não perdem a oportunidade de tirar foto ao lado desses enormes coelhos. Eles ainda podem ser comprados aos preços de 3000 euros. A idéia é da italiana Cracking Art Group. Eles usam plástico reciclado nos moldes de animais gigantes, algo meio lúdico de usar material reciclado para fazer animais. Sempre em cores fortes e que ao final da exposição, são reciclados novamente e transformados em outros animais. Já teve cachorros, golfinhos, jacarés e agora coelhos, sempre espalhados pelo mundo. Arte e Marketing, juntos para chamar a atenção do público. Excelente combinação que nem precisa das leis de incentivo à cultura do país. Será que a empresa sabe usar as leis de incentivo à seu favor?

Fontes: AdsofWorld, CrackingArtGroup

Investimentos em Marketing: Estrela e Melissa

Tem empresário que acha que investimento em marketing é uma perda de tempo. Já atendi presidente de empresa que controlava os gastos de uma caneta como brinde. Até entendo que seja uma forma de ter as contas na ponta do lápis, mas essa miopia de investimentos em marketing é o que contribui para o travamento do crescimento de uma empresa. Marketing faz parte do negócio, ou seja, querendo ou não, sabendo ou não, a empresa está investindo em marketing, mesmo que negativamente (exatamente, marketing negativo é quando não se investe em marketing, provocando uma diminuição do valor da marca da empresa no mercado, dando brechas para a concorrência e que ao iniciar os investimento, o valor de uma mesma ação terá que ser bem maior do que uma empresa que já investe).

Existem várias formas de reservar uma verba para o Marketing. A Estrela acaba de investir R$ 400 mil em um novo site voltado para as crianças e ainda reservou R$ 1 milhão de verbas para investir na web no segundo semestre de 2009. A Estrela, referência brasileira de brinquedos e sinônimo de presentes para o dia das Crianças e Natal na década 80 e 90 perdeu espaço rapidamente pela falta de invetimentos em marketing, pela não adequação estratégica do seu portifólio, pela falta de velocidade de resposta no mercado de brinquedos e chegou a ser "engolida" pelas importações de brinquedos.

Parece que agora está ouvindo boas consultorias de marketing, será? E com o objetivo de estar perto de seu público num ambiente em que ele passa grande parte do seu tempo em busca de entretenimento, resolveu, finalmente, trabalhar o conceito galáxia, apresentando uma série de planetas que giram em torno de uma estrela principal, que é o logo da própria marca. Vale lembrar que sites como o da revista Recreio já usam esse conceito de sites infantis como relacionamento da marca a anos.

Veja o que diz Aires Leal Fernandes, o diretor de marketing da Estrela: "Não podemos ficar de fora deste novo e forte meio de nos comunicarmos com nosso público. Investir em um site altamente tecnológico e rico em atrações é uma maneira de fortalecer a marca e de tê-la como entretenimento para as crianças também virtualmente". Espero que a Estrela volte aos bons tempos do Autorama e do Ferrorama, sucesso absoluto de vendas, fica o desafio.


Mas encontrei um erro um tanto quanto controverso. Utilizando o FireFox e não o Internet Explorer como navegador, o novo site de 400 mil reais da Estrela, simplesmente não funcionou como deveria. A linha de programação do site apareceu na frente das animações em Flash, dando a sensação de erro. E mostrando as ferramentas e cookies que o site possui para auditar a navegabilidade. Quando se programa um site, ele deve ser compatível com no mínimo os dois maiores navegadores utilizados pelos usuários. Outra questão que me chamou atenção foi o fato do site ser mais voltado para adolescentes do que para crianças, pois há muita informação no meio das animações. Pontos a serem melhorados. Só fica a dúvida se houve pressa em lançar o site sem adequações ao Firefox ou foi falha mesmo. Será que isso afeta o lançamento do site e o trabalho da assessoria de imprensa?


Já em um setor que se reinventa sempre e sabe que é imprescindível investir em Marketing, a Melissa comemora seus 30 anos em grande estilo. Usar aniversários são bons motivos para uma temática no Marketing. Depois de algumas reviravoltas nos anos 90, reergueu-se no mercado como acessório de luxo pop (trajetória parecida com a das Havaianas, mas de fábricas diferentes). O preço do calçado não chega a ser caro (de R$ 80 a R$ 150 cada par) e confere um ar descolado a quem o veste. Apesar da matéria-prima nada nobre, as sandálias ganharam status fashion e as vitrines de lojas de grifes famosas, brasileiras e estrangeiras. É antiga a parceria que a Melissa tem com estilistas e designers de peso, como Jean Paul Gaultier, Patrick Cox e Thierry Mugler, Romero Britto, J. Maskrey, Alexandre Herchcovitch, irmãos Campana, Judy Blame, Karim Rashid e Vivienne Westwood (nada melhor do que aliar a sua imagem à de alguém que vai trazer mais benefícios e ganhos).

Números: a Melissa já criou mais de 500 modelos, fabricou mais de 60 milhões de pares e exportou 20 milhões para mais de 80 países.
Curiosidades:
- Antes de produzir a Melissa, a Grendene fabricava embalagens para garrafões de vinho;
- Todas as sandálias têm o mesmo "cheiro de Melissa". Ele é uma mistura de chiclete com jujubas e pirulito, cuja fórmula a Grendene não revela;
- O modelo da clássica Melissa Aranha era usado por pescadores da Riviera Francesa antes de virar moda no Brasil;
- A Melissa é totalmente reciclável;
- Madonna ganhou uma Melissa Couture, edição de tiragem especial com mais de 140 cristais Swarovski desenhada pela designer J.Maskrey. A cantora gostou tanto que pediu outra para sua filha, Lourdes Maria;
- A Melissa Aranha leva 26 segundos para ficar pronta na fábrica;
- A primeira Melissa de numeração entre adulta e infantil vendeu mais de 5 milhões de pares nos primeiros dez meses de 1980.

E a sua empresa, tem certeza que sabe investir em marketing ou acha que investe em marketing?

fontes: MMonline, Revista Época

Novas ações da HP: conceito de HP Stores e o uso do bluetooth marketing

Em marketing, parece que o pessoal da HP tem mostrado uma boa versatilidade quando se trata de unir a tecnologia com outras áreas, como a moda. Agora chegou a vez de fato de colocar em prática as "HP Stores". Do conceito de "Store in Store" ou loja dentro da loja (como aqueles quiosques de operadoras de celular dentro das lojas de varejo), a HP planejou em 2008 abrir 50 HP Stores em 2009. Meta que está sendo implantada a partir desse mês. A estratégia é simples, usar o espaço das revendas locais para criar o "espaço" da HP. Acredito que tenha duas negociações: uma é do espaço, pagar para tê-lo. O outro seria gastar para tê-lo. Ou seja, o espaço já seria bancado pela HP (gastos com ambientação), o plus seria pagar pelo espaço. Mas pelo porte da HP, oferecer esse conceito à uma revenda (loja de varejo de informática), pode ser um diferencial e tanto que é capaz do dono não pensar duas vezes quando fechar a parceria. Associar a sua marca local à uma marca mundial, faz toda diferença.

O interessante é que a HP está seguindo o modelo da Apple Stores adaptada à nossa terra brasilis. Estratégia inteligente, pois enquanto o setor de alimentos se "mata" pelos espaços dentro de um supermercado, a HP está usando outros canais, como as revendas, para "ganhar" esse espaço, ganhar visibilidade, ganhar presença e se tornar ponto de referência em relação às outras marcas de informática.

Um exemplo da utilização dessas lojas foi o lançamento do HP Touchsmart PC, realizado na HP Store em Natal. O evento, que aconteceu em 10 de junho no bar Sgt Peppers, contou com ação de bluetooth marketing e tinha o objetivo de atrair as pessoas para conhecer e experimentar o produto. Para desenrolar esse desafio as agências que atendem a HP em Natal criaram a "Sensation Party": aqueles que se cadastrassem no computador concorreriam a descontos na conta naquela noite. Bem parecido com as estratégias de bebidas destiladas em bares.

Também foi desenvolvido uma versão personalizada do game "Genius" e após o cadastro, as pessoas tinham a chance de jogar e acumular pontos para concorrerem a descontos extras. O Bluetooth marketing foi utlizado para enviar 1 imagem de convite para as pessoas e 1 video que demonstrava rapidamente as funções do HP Touchsmart PC. Resultados concretos: 43 pessoas se cadastraram e jogaram o game; 52 receberam conteúdo no celular; 10 pessoas foram contempladas com os descontos; 2 jogadores ficaram viciados e disputaram o primeiro lugar de forma emocionante, com direito até a torcida. Branding e Trade Marketing bem atualizada e adaptada, no meu ponto de vista.

Mas, nem tudo são flores. Não encontrei nenhuma informação no site da HP do Brasil sobre as estratégias da HP Stores e nem da cobertura do evento. Uma pena, para uma empresa do porte da HP, apesar de deixar as ações com as agências, peca em não integrar as informações das suas ações de forma a criar um conceito integrado, ganhando sinergia e credibilidade junto aos clientes. Base para criar uma fidelização e clientes seguidores.

fontes: PCmag, Ritz
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