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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Case: As Sandálias Crocs estão falindo e o que você pode aprender com isso

Inovação: foi com uma idéia na mente, uma matéria prima quase "indestrutível" e um design que não segura água que as Sandálias Crocs ganharam o mundo e foram considerados tendência. Agora a empresa enfrenta problemas de caixa e queda da procura de consumidores

As sandálias Crocs nasceram numa era de boom econômico dos Estados Unidos em 2002. Eles eram um investimento barato (cerca de 30 dólares), confortáveis e prometiam durar para sempre - algo que se tornou um problema tempos depois.

Todo mundo vestia um par de Crocs. Figurões conhecidos como o ex-presidente George W. Bush e o vocalista da banda Aerosmith Steven Tyler usavam e aumentavam ainda mais a curiosidade pelos sapatos. A indústria da moda os criticava, mas eles venderam 100 milhões de pares até hoje. Até que um dia a crise chegou e os Crocs saíram de moda.

A empresa utilizou o dinheiro da oferta pública de ações para diversificar e adquirir novos negócios como a Jibbitz, que fabrica produtos para enfeitar o Crocs, e a Fury Hockey, que usava o Croslite para criar materiais esportivos.

Segundo o presidente executivo da empresa John Duerden, a Crocs foi mais afetada do que os concorrentes na crise, porque continuou a investir para manter um crescimento similar ao dos anos anteriores.

Pontos positivos:
- Pessoas famosas utilizando o produto e fazendo propaganda, melhor impossível.
- Matéria-prima digna de tecnologia da Nasa.
- Estrutura de distribuição gigantesca e em tão pouco tempo.

Os erros:
- Preço alto para um calçado. No Brasil chegaram a custar quase 100 reais e os similares invadiram as prateleiras. Resultado: Fecharam a operação brasileira.
- Criar duas empresas filhotes da principal. Uma empresa para customizar, ao invés oferecer sandálias mais elaboradas ou customizada, como os modelos das Havaianas.
- Continuar investindo sem mudar as estratégias na crise, enquanto o mundo parou para pensar e redefinir suas estratégias.
- Produto de consumo "indestrutível", só se fosse para o exército americano, não para o mundo capitalista.
- Qualquer vestuário é moda, diversificar os modelos só com cores foi um erro primário para esse negócio.
- Não possuíam vantagem competitiva no produto, tirando a matéria prima com sua tecnologia, não possuíam nenhum outro recurso que justificasse a manutenção do produto em curva ascendente de crescimento.

Resultado:
Vai para o museu dos erros em gestão, estratégia e marketing.

Fonte: Exame

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Case: Unicef lança campanha de doação com poucos recursos e muita criatividade

As campanhas promocionais para doação superam em criatividade e dão show em soluções. Bons cases que ajudam as empresas a terem idéias e tirar os investimentos das mesmices. A Unicef, sem nenhum recurso, lançou uma campanha (TAP project) para chamar a atenção da população para o fato de que mais de 4200 crianças morrem de doenças causadas do consumo de águas sujas e convida às pessoas a doarem 1 dólar.

O Desafio: chamar a atenção dos nova yorquinos para o fato de crianças morrem diariamente pela falta de água limpa.
Implementação: Foi instalado uma vending machine com garrafas de oito tipos de água sujas (espero que elas só tenham água com terra, vai que alguém toma) em Manhattan para chocar o público, convidando-os a doares e a convidar outros a doarem por sms e mensagens.
Resultados: a inovação no uso da vending machine como veículo de mídia e a ocupação do espaço para doação atrairam 7500 pedestres, cobertura internacional e ultrapassou as expectativas de doações.

É a adaptação do uso de simples de mobílias comerciais para fins múltiplos com efeitos multiplicadores. Tudo isso com uma pitada de "choque" para potencializar a comunicação. Parabéns à Unicef. A próxima idéia será vender máscaras contra a gripe H1N1, vai ser um sucesso, principalmente agora no inverno. Pena que a velocidade das idéias nunca acompanha a sua implementação.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Redes Sociais: mini cases da Rede Globo e CEOs

Se você quiser entender como a Rede Globo lida com o fenômeno e a questão das redes sociais veja a apresentação da Mônica Albuquerque, Diretora de Comunicação da TV Globo, é jornalista, trabalha há 10 anos na Central Globo de Comunicação (CGCOM).

Mas para resumir e dar à você uma idéia de como começar a pensar em implantar essas estratégias na sua empresa, vamos à alguns dados:
Em marco/2009, por sugestão da Bites, o Ibope Inteligência foi contratado pela emissora para realizar um estudo para ajudar a Globo a enxergar melhor esse universo. Usou-se a tag Globo e alguns parâmentros e filtros.

40 blogs que mencionavam produtos e ações da emissora foram identificados. Identificou-se um comprometimento de blogueiros em “festejar a importância da visibilidade de blogs / blogueiros na tv”. 21 comunidades no orkut foram eleitas para um trabalho inicial regular doravante, além dos 40 blogs.

Em síntese, algumas sugestões do estudo foram:

- Fortalecer as ferramentas institucionais na internet
- Aproximar-se da comunidade de fãs
- Abrir um canal de relacionamento com os blogs
- Usar o twitter para comunicações instantâneas
- Manter monitoramento permanente

Com isso entendeu-se que a própria home da Rede Globo deveria ter uma nova roupagem também. Uma nova plataforma para torná-la mais afeita a esse novo cenário começou a ser construída.

Simples, não? Recomendo a todos que façam uma busca do nome da empresa de vocês. Isso é monitoramento, algo comum para quem quer cuidar da imagem, da marca e da reputação de uma empresa. Disso dá para desdobrar em várias ações. O fato é, sua empresa terá que contratar alguém só para cuidar dessa mídia. Se for uma empresa maior, cabe uma área só para isso. Não deixe que isso seja terceirizado, pode até ter orientação externa, mas o monitoramento cabe à empresa. Senão poderão cair no famoso clipping que não é lá a melhor ferramenta para o mundo online.

Agora o blog UberCEO fez uma pesquisa que apontou que nenhum dos 100 maiores executivos de empresas - CEOs (Chief Executive Officers) eleitos em 2009 pela revista Fortune têm blog.

Outros resultados:
- Só 2 tem conta no Twitter.
- 13 tem perfil no LinkedIn, sendo que apenas 3 tem mais de 10 conexões.
- 81% não têm perfil no Facebook.
- 75% tem um artigo no Wikipedia, mas 28% destes possuem título incorreto ou poucas fontes e informações.

Veja mais abaixo:


No fundo, não é surpresa. Há políticas, acordos de confidencialidade, e estar em redes sociais não é ser uma celebridade, mas a exposição é imensa e toma tempo, querendo ou não. É algo estratégico que não depende da pessoa. Se todos tivessem, a pesquisa seria para ver se eles atualizam os dados nas redes, ou seja, sempre haverá margem para discussão ao estilo paparazzis. E tem outra, a velocidade com que as redes sociais estão se desenvolvendo e evoluindo ganhou mais força com a integração na mídia televisiva e nas ações de marketing. É o velho "não quero ficar de fora" forçando a rápida adoção.

Agora é decidir o que fazer e seguir em frente. Dúvidas? Ótimo!

fonte: Boombust, Uberceo

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Case: Kit Kat Mail vence Grand Prix - Cannes Lions 2009

Esse case é show. Mereceu o Grand Prix do "Cannes Lions 2009" na categoria Media. Desenvolvido pela JWT no Japão, a ação pode ser resumida na criação de um cartão-postal comestível.

O Kit Kat é um chocolate da Nestlé do tipo wafer coberto. Parafraseando o lendário presidente do Corinthians Vicente Matheuscomo, o chocolate Kit Kat é semelhante ao Bis da Lacta. Mas lá no Japão se pronuncia Kitto Katsu, que significa sorte, algo como “você vai conseguir”. O que a JWT fez foi transformar o chocolate em um talismã, uma mensagem de boa sorte para os estudantes durante os exames escolares.

Pesquisa feita era hora de transformar o conceito em vendas. Encontraram um meio inédito, um canal de vendas que fizesse a concorrência estar longe de você, usaram o correio japonês. Como? Fecharam um acordo com o governo japonês, controlador dos correios do país (semelhante ao Brasil, não?). Isso porque existem mais de 24 mil agências dos correios no Japão, de longe a melhor malha de distribuição do que qualquer loja de varejo (não sei porque as empresas brasileiras ainda não entenderam que os Correios é um grande aliado). Resumo da ópera, criaram o Kit Kat Mail, uma mala direta com chocolate dentro, mas em formato de postal que foi vendido nas mais de 24 mil agências dos correios do Japão. A mídia espontânea em torno do projeto foi calculada em torno de 11 milhões de dólares. E no final, o que seria uma ação focada e sazonal, tornou-se um produto permanente da Nestlé. Não é show esse case? Confira o vídeo-case abaixo e confira os outros ganhadores do Cannes Lions 2009 em work.canneslions.com e se inspire.

E agora, será que alguém vai arriscar vender ou mandar brindes alimentares pelos correios. Eu já tive essa idéia esse ano sem ter visto o case da Kit Kat e você?

fontes: brainstorm9, Cannes Lions
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