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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Propaganda enganosa? Varejo e indústria não repassam corte do IPI e as vendas aumentam, como?

Com a bandeira da crise, o governo foi na mídia, soltou o verbo e ainda assinou em baixo. Redução de IPI para a indústria de linha branca mirando nos descontos que os clientes iriam ter e vislumbrando o aumento do consumo. Anúncio que a mídia espalhou que nem cheiro de cafezinho em buteco de centro da cidade, propaganda melhor e de graça, impossível. Com o governo de aliado, com a mídia jornalística fazendo propaganda, foi fácil vender. As equipes de marketing já sabiam o que fazer nas lojas. Resultado: deu certo! O consumo de linha branca aumentou e "todo mundo" está feliz. O governo já abriu mão de R$ 1,6 bilhão via desonerações e reduções de tributos sobre veículos, eletrodomésticos da linha branca e material de construção, mas o problema é que tal benefício não foi repassado, em muitos casos, integralmente ao consumidor.

Segundo levantamento da FGV feito a pedido da Folha, boa parte dos produtos alvo da isenção ou do corte do IPI não sofreu queda de preço no varejo proporcional ao benefício, que deve ser prorrogado (parabéns aos poucos que convenceram o ministério responsável). Pelos dados da pesquisa, não é possível identificar com precisão qual elo da cadeia deixou de repassar o corte do imposto.

O caso mais emblemático é o dos fogões, cuja alíquota do IPI caiu de 5% para zero. No varejo, o produto baixou, em média, só 0,97% entre abril e junho. E quem "comeu" os outros 4,03%? Apenas os carros se salvaram na pesquisa. Segundo a FGV, o preço do automóvel novo caiu 6,93% de janeiro a junho. Isso porque o modelo de negócio da indústria automobilística tem apenas um intermediário na cadeia de distribuição, as concessionárias que são ligadas diretamente às indústrias. Ponto de atenção para o governo pensar melhor nas próximas reduções ou alerta geral para mostrar que a reforma tributária vai fazer mais um aniversário sem solução definitiva. Enquanto isso, as empresas guardaram todas as possíveis ações que foram substituídas pela bola da vez, redução do IPI. Esse é o perigo estratégico, guardar velhas fórmulas e aplicá-las um cenário e contexto diferente de quando foram concebidos. Lembrando que grandes empresas fazem planejamentos com 1 ano de antecedência, a redução de IPI do governo salvou o bônus de muita gente, o que é ruim, pois pode gerar acomodação e falta de promoção real no mercado. Boa oportunidade para quem conseguir ver esse cenário. Será que a direção da sua empresa enxerga isso?
Fonte: Folha

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Passando a régua: Wal-Mart demite 19 diretores e gerentes no Brasil

Crise, incompetência, reestruturação, e tantas outras justificativas que possam melhorar o bottom line dos relatórios financeiros. Mas nem sempre é isso, não é verdade? O Wal-Mart resolveu usar a técnica do menos custos, mais lucro (por que o faturamento não vai mudar muito do planejado) e enxugou 10% do seu quadro de diretores e gerentes no Brasil, com a eliminação de 19 cargos do terceiro e quarto escalões. Se pensarmos em 20 pessoas x 6 meses x uns 25 mil na média (considerando encargos, benefícios, bônus, etc que não será mais pagos), isso daria por baixo uma economia de uns R$ 3 milhões até o final do ano. Mas considerando os acertos e toda a tributação e direitos trabalhistas que o Brasil possui, talvez essa economia diminua, ou seja. Para esse ano, isso talvez não fará tanta diferença. Por isso, os cortes fazem parte da integração das operações do Bompreço e do Sonae. Acho que o pessoal do alto escalão do Ponto Frio devem estar com dúvidas agora. Mas a reorganização das funções, segundo a companhia, não atinge as demais áreas operacionais, como lojas e centro de distribuição.

A eliminação de cargos de diretoria e gerência é mais uma etapa do processo de integração das operações do Bompreço e do Sonae, adquiridas pela multinacional em 2004 e 2005, respectivamente. O Bompreço, com sede em Recife, é líder em supermercados no Nordeste, enquanto a gaúcha Sonae é forte na região Sul.

Números: o Wal-Mart emprega ao todo 70 mil pessoas no Brasil, onde o grupo faturou R$ 16,9 bilhões em 2008. Do total de funcionários, 2 mil trabalham nos escritórios de São Paulo (sede), Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre. A multinacional prevê investir R$ 1,6 bilhão e abrir 90 lojas em 2009, gerando 10 mil novos empregos diretos. Em 2008, investiu R$ 1,2 bilhão.

Mas em que isso afeta o meu negócio. Se você é um fornecedor do Wal-Mart, se você connhecia quem foi desligado da empresa, se você negociava com quem lhe deu ótimas oportunidades, se você dependia deles para algum evento comercial, já era. Saída de pessoas sempre mexem com as relações com os fornecedores e politicamente, quem fica no lugar, fica mais forte. Se você acha que antes era difícil falar com os que saíram, pode ficar pior.
São os grandes varejistas se consolidando no Brasil e isso abre oportunidades para todos os executivos e empresas interessadas em contratar bons profissionais desse segmento. Como dizem, uma porta se fecha e outras se abrem.

Fonte: G1

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Rede Dudony é a mais nova aquisição do Grupo Silvio Santos

Dinheiro em caixa faz toda a diferença, ou credibilidade para ter crédito no mercado, também. Continunado com o seu foco no Varejo, o Grupo Silvio Santos disputou com Carlos Roberto Massa, o Ratinho, a compra da rede varejista Dudony, de Maringá no Paraná, em recuperação judicial desde dezembro de 2008. Pagou R$ 25,6 milhões por 110 lojas, sendo 11 no interior de São Paulo. O pagamento dos R$ 25,6 milhões aos credores será escalonado até 2014.

A Dudony é a maior rede varejista de móveis e eletrodomésticos no estado paranaense, mas suas dívidas chegam a R$ 104 milhões.

Mais expansão à vista? O grupo Silvio Santos planeja dar continuidade às prospecções em andamento em outras regiões do país, para fortalecer a atuação do Baú Crediário, rede com 20 lojas, sendo 19 em São Paulo e uma em Minas Gerais. Com a compra da Dudony, chega a 130 lojas no total. A meta do grupo é ter 224 lojas em 170 cidades até 2013, por isso novas compras de empresas não são descartadas.

Desafio: reabastecer as 110 lojas, que estão apenas com parte do mostruário, os pontos de venda ficaram quase vazios. Segundo o diretor de varejo do grupo Silvio Santos, Décio Pedro Thomé, a administração da rede continuará no Paraná, separada das outras lojas do Baú. O nome Baú deve ser adotado aos poucos nas lojas. Thomé estima que a organização da operação deve demorar 60 dias.

Se a meta é 2014 (5 anos, número cabalístico de planejamento estratégico), até a Copa do mundo no Brasil muita coisa vai rolar. O dono do Baú está se fortalecendo no varejo e vai buscar comprar tudo que puder em um curto espaço de tempo (estratégia de recursos, quem tem, compra), essa é a minha opinião. O mercado vai se aquecer, com certeza. O que pode ajudar a estabelecer a marca do Baú no mercado, principalmente onde não se encontra fisicamente é investir em e-commerce. Com tantos recursos de mídia em mãos, não ter uma loja on-line é um erro estratégico gigantesco. Espero que estejam considerando esse canal e que será apenas uma questão de tempo.

Fontes: Exame, Valor

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Reação Varejista - Casas Bahia compra Romelsa

Não é só na lei da física que toda ação gera reação. Em toda movimentação estratégia dentro dos setores, ocorre uma reação em cadeia. Ou seja, mais ações estratégicas ocorrem. Após o grupo Pão de Açúcar anunciar a compra do Ponto Frio e fincar de vez o pé no setor de eletrodomésticos, as Casas Bahia resolveram comprar a Romelsa, e reforçar a presença no nordeste. Como havia previamente comentado, na matéria anterior, parece que os concorrentes resolveram tirar os projetos da gaveta e estão reforçando suas posições.

Para os clientes pode não ser tão bom assim, já que com menos opções de lojas, os preços podem não ficar tão atrativos. Já para os fornecedores, quanto mais lojas melhor, mas substituir uma marca de loja por outra, não resolve bem o seu faturamento no curto prazo.

O que esperar das outras empresas de eletrodomésticos? Acredito que eum se planejou e tem projetos na gaveta vão aproveitar a crise para colocar os planos em prática. Isso se tiverem recursos em caixa para isso e inúmeros outros fatores, como a competência para absorver uma nova estrutura.

Quanto a Carrefour e Wal-mart, eu imagino que os diretores esteja pensando o que farão e isso pode demorar mais alguns meses para que algo aconteça.

Enquanto isso, o grupo Pão de Açúcar está gastando o que pode para colocar o seu aparente plano de diversificação de negócios em prática. Criou a GPA Malls & Properties, voltado para a área imobiliária, como uma estrutura independente do varejo. A nova empresa terá patrimônio líquido superior a R$ 2 bilhões, mais de cem imóveis próprios e, apenas com aluguel de 3.500 lojas nos hipermercados, receita anual de R$ 70 milhões. Outra área de negócio que pode seguir o mesmo caminho é a de comércio eletrônico. Ponto Frio.com e Extra.com deverão, somados, faturar R$ 1 bilhão em 2009. Será que vão comprar a B2W?

Parece que fica claro, investir em segmentos que estão em crescimento e que podem dar retornos interessantes pode ser uma alternativa viável para quem está com o caixa cheio e vê rentabilidades maiores e outros segmentos. Pensar estrategicamente não é fazer um planejamento estratégico, mas agir estrategicamente.

Fontes: DCI e Folha

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pão de Açúcar compra o Ponto Frio, e agora José?

Em estratégia empresarial, para bom entendedor, poucas palavras bastam. Nesse caso, poucas ações bastam. É o que Michael Porter diria sobre a rivalidade do setor. O grupo Pão de Açúcar, que historicamente era um supermercado, virou um grande varejista. Quem se lembra do Jumbo Eletro? Agora Extra Eletro. E quando você não consegue mais crescer com o que tem, o que você faz? Compra. Foi o que anunciaram hoje (8 de junho de 2009), compraram o Ponto Frio. A intenção é clara, crescer no setor de não-alimentos.

De longe, as grandes redes supermercadistas estão se consolidando cada vez mais como grandes varejistas. Um dos motivos apresentados para a compra foi a localização das lojas do Ponto Frio. Quem deve estar olhando essa competição de perto são as que não se diversificaram e agora se tornaram concorrentes diretas do grupo Pão de Açúcar: Casas Bahia, Magazine Luiza, Insinuante, Ricardo Eletro e companhia. Por que? São 1055 pontos de venda, abrangência que dá um poder debarganha para qualquer varejista pressionar seus fornecedores. Já estou imaginando a choradeira que deve estar sendo no B2B da indústria.

O que esperar? Não acredito que as lojas se tornem supermercados, mas o modelo de negócio atual do Ponto Frio vem amargando prejuízos operacionais ultimamente. Certamente a aquisição deverá vir com um novo posicionmento da rede de lojas do Ponto Frio no mercado. Enquanto a maioria das varejistas de eletrodomésticos "grita" no mercado de massa preço baixo e prazos de pagamentos, está aí um grande desafio para os novos donos do Ponto Frio. Talvez um posicionamento ao estilo de imagem da FastShop possa ser uma alternativa.

Especulações à parte, eu tenho uma. Ano que vem o grupo Pão de Açúcar vai fazer uma nova aquisição, de qual setor eu não tenho certeza, mas será de algum segmento varejista. Ou quem sabe, verticalmente, de algum fornecedor.

E o que esperar dos concorrentes atuais? Carrefour e Wal-Mart já mostraram no passado que não gostam de ficar para trás em termos de varejo de alimentos. O Carrefour já possui lojas fora do Brasil que vendem apenas eletrodomésticos e o Wal-Mart quer ganhar a fatia de eletrodomésticos pela internet.

O interessante, para quem acompanha o varejo, é que o grupo Pão de Açúcar faz parte do Ranking da Abras e de revistas como a Supermercado Moderno. Com essa aquisição, de duas uma, ou as revistas vão começar a desconsiderar essa informação, ou vão adotar o varejo como tema editorial e começar a falar de Casas Bahia, Lojas Colombo, Insinuante e sabe lá mais o que.

Agora pelo lado do marketing, já pensou se o CRM de todas as lojas do grupo funcionasse? Seria um prato cheio para qualquer empresa em como faturar mais por um longo tempo.
Fonte: G1
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