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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Desafio estratégico: Supermercados ainda não se adaptaram ao canal de venda da internet

Desde 1999 quando pubiquei um capítulo no livro Varejo Competitivo sobre Marketing na Internet, acreditava que a venda pela internet era factível e altamente rentável. Não mudou nada. Talvez pelo pioneirismo, o artigo tenha sido um sucesso, mas claro, baseado em pesquisas e pontos de vistas acadêmicos e práticos que mostravam à 10 anos atrás os passos que o mercado deveria dar. Recentemente a Pro Teste, entidade de defesa dos consumidores, fez uma avaliação sobre o serviço de compras virtuais de 15 supermercados. Foram pesquisadas as empresas Pão de Açúcar, Angeloni, Hippo, Nacional, Zona Sul, Princesa Supermercados, Mercadorama, MartPlus, Econ e Sonda, presentes em sete capitais brasileiras. A pesquisa mostrou que ainda há muito que evoluir, mas que a adesão das grandes redes não terá desistências tão cedo. Um dos pontos críticos foi a entrega de produtos refrigerados. Entre todas as solicitações, em apenas um caso o produto foi acondicionado de forma adequada e chegou na temperatura ideal. É simples, enquanto os fornecedores entregam produtos frios em veículos adaptados para tal, a logística dos gestores das unidades de negócios dos supermercados ainda pensam na entrega de kombi. Ou seja, falta de visão para atender melhor às necessidades do consumidor em um modelo de negócio diferente.

Outro ponto crítico apurado foi o tempo de entrega. Quatro dos 15 estabelecimentos não cumpriram o horário marcado para a entrega e a maioria excedeu o prazo de duas horas. Os gastos foram, em média, 4% superiores aos das compras feitas nas lojas físicas, com variações que chegaram a até 17%. O que vejo é que falta cabeça de negócios nos gestores. É como uma pizza, pega o pedido, faz a pizza e entrega de MOTO. Pedido à pedido. O preço de uma pizza entregue em casa e uma congelada do supermercado tem uma diferença de muito mais do que de 100%. Significa que quem cuida desses canais nas redes não está pensando como delivery e sim como entrega de compras da década de 80 quando o empacotador levava de bicicleta e hoje deram um furgão para ele. E tem mais, a maioria das compras nos supermercados presenciais é de coisas pequenas, que cabem em 2 ou 3 sacolas que cabem perfeitamente no baú de uma moto.

Novo canal de vendas necessita de adaptações, não só de sistemas de informática, mas de sistemas e formas de trabalho. Enquanto o varejo virtual de alimentos não evolui, muitas oportunidades se abrem. Deve-se lembrar que existem perfis de compradores. Quem compra pela internet é diferente de quem gosta de ir no supermercado. Já está mais que provado em diversas pesquisas, homem detesta ir ao supermercado, agora que tal perguntar se comprariam pela internet? Espero que de tanto investirem nesse novo canal, possam determinar um mark up justo e empregar uma abordagem diferente da que estão fazendo atualmente. Até agora só modernizaram a forma de comprar, não no formato do canal. Quem sair na frente (first mover) e entender essas adaptações será o vencedor.

fonte: Pro Teste

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Brasileiro gastará 20% da renda para compra de alimentos

O consumo dos brasileiros deve crescer neste ano 1,6% em relação a 2008, atingindo R$ 1,863 trilhão. Essa elevação será puxada pelas despesas com manutenção do lar e também pela compra de alimentos e bebidas, dos quais os supermercados são os principais pontos de venda. Os dados são do estudo “Brasil em Foco IPC Target 2009”, desenvolvido pela empresa de pesquisa Target Marketing. Segundo o levantamento, quase 20% da renda dos brasileiros será destinada neste ano para compra de gêneros alimentícios.
Já as despesas com higiene e saúde ficarão com 7,3% da renda.
Outros itens vendidos em alguns super e hipermercados também aparecem na pesquisa: vestuário e calçados representarão 5,3% da renda, enquanto os eletrodomésticos responderão por 2,2%.

fonte: Supermercadomoderno







segunda-feira, 8 de junho de 2009

Pão de Açúcar compra o Ponto Frio, e agora José?

Em estratégia empresarial, para bom entendedor, poucas palavras bastam. Nesse caso, poucas ações bastam. É o que Michael Porter diria sobre a rivalidade do setor. O grupo Pão de Açúcar, que historicamente era um supermercado, virou um grande varejista. Quem se lembra do Jumbo Eletro? Agora Extra Eletro. E quando você não consegue mais crescer com o que tem, o que você faz? Compra. Foi o que anunciaram hoje (8 de junho de 2009), compraram o Ponto Frio. A intenção é clara, crescer no setor de não-alimentos.

De longe, as grandes redes supermercadistas estão se consolidando cada vez mais como grandes varejistas. Um dos motivos apresentados para a compra foi a localização das lojas do Ponto Frio. Quem deve estar olhando essa competição de perto são as que não se diversificaram e agora se tornaram concorrentes diretas do grupo Pão de Açúcar: Casas Bahia, Magazine Luiza, Insinuante, Ricardo Eletro e companhia. Por que? São 1055 pontos de venda, abrangência que dá um poder debarganha para qualquer varejista pressionar seus fornecedores. Já estou imaginando a choradeira que deve estar sendo no B2B da indústria.

O que esperar? Não acredito que as lojas se tornem supermercados, mas o modelo de negócio atual do Ponto Frio vem amargando prejuízos operacionais ultimamente. Certamente a aquisição deverá vir com um novo posicionmento da rede de lojas do Ponto Frio no mercado. Enquanto a maioria das varejistas de eletrodomésticos "grita" no mercado de massa preço baixo e prazos de pagamentos, está aí um grande desafio para os novos donos do Ponto Frio. Talvez um posicionamento ao estilo de imagem da FastShop possa ser uma alternativa.

Especulações à parte, eu tenho uma. Ano que vem o grupo Pão de Açúcar vai fazer uma nova aquisição, de qual setor eu não tenho certeza, mas será de algum segmento varejista. Ou quem sabe, verticalmente, de algum fornecedor.

E o que esperar dos concorrentes atuais? Carrefour e Wal-Mart já mostraram no passado que não gostam de ficar para trás em termos de varejo de alimentos. O Carrefour já possui lojas fora do Brasil que vendem apenas eletrodomésticos e o Wal-Mart quer ganhar a fatia de eletrodomésticos pela internet.

O interessante, para quem acompanha o varejo, é que o grupo Pão de Açúcar faz parte do Ranking da Abras e de revistas como a Supermercado Moderno. Com essa aquisição, de duas uma, ou as revistas vão começar a desconsiderar essa informação, ou vão adotar o varejo como tema editorial e começar a falar de Casas Bahia, Lojas Colombo, Insinuante e sabe lá mais o que.

Agora pelo lado do marketing, já pensou se o CRM de todas as lojas do grupo funcionasse? Seria um prato cheio para qualquer empresa em como faturar mais por um longo tempo.
Fonte: G1

sábado, 9 de maio de 2009

Vender antes do vencimento é moda na França

Não que a moda tenha que vir da França, mas acabaram de lançar uma estratégia que tem feito sucesso no país: a venda, por até um terço do preço, de produtos que estão prestes a ter a data de validade ultrapassada. A idéia surgiu depois que o consumo nos supermercados começou a diminuir em decorrência da crise econômica.
Lojas estão sendo abertas especialmente para esta finalidade. Os endereços não são divulgados em publicidades, no entanto os consumidores de baixa renda, habituados a freqüentá-los, conhecem os melhores estabelecimentos e os divulgam em fóruns na internet.
Publicidade boa-a-boca, quem diria, movimentando a baixa renda em Paris.
A Noz, com 160 estabelecimentos no País, é a cadeia mais numerosa e popular desse segmento. Abre, em média, duas novas lojas por mês, sempre em regiões com moradores de baixo poder aquisitivo. A periferia parisiense é a mais bem contemplada com este tipo de negócio. Duas por mês. Tudo bem que lá é Europa. Agora imaginem se esse novo formato de loja não abrisse. Significa que antes dela, centenas, milhares de produtos são literalmente inutilizados (ninguém come comida vencida). Imaginem no Brasil, onde o desperdício já é enorme.

A receita é simples: em contato com redes tradicionais, como Carrefour e Monoprix, as lojas compram os lotes de produtos cuja data de validade se aproxima do fim com descontos de até 20%.


Alguém já viu algo por aqui? Não? Então está aberto aí uma boa oportunidade de negócio. É que nem feira. Se você não vender rapidamente, vai virar chepa e se nem a chepa resolver, aí vai tudo para o lixo.
Fonte: Portal Terra
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