
A decisão deve durar até a prestadora comprovar para a Anatel que está tomando medidas para "melhorar a qualidade do serviço" e para coibir novas falhas. A expectativa da Anatel é de que isso seja feito em 30 dias. A empresa registrou seguidas panes nos primeiros meses deste ano.
Se descumprir a medida, a empresa pode ser punida com multa de R$ 15 milhões, além de R$ 1.000 por assinatura habilitada. Além disso, a Telefônica deverá publicar comunicado informando a situação aos consumidores.
Atualmente, a Telefônica tem cerca de 2,6 milhões de usuários do Speedy no Estado de São Paulo. No primeiro trimestre, foram cerca de 100 mil novas assinaturas, de acordo com a empresa de consultoria Teleco (que tem ótimos números da área de telecom).
Resumindo, se a Anatel confirmar que houve descumprimento da medida, a Telefônica terá que desembolsar na linha de "perdas por não manter o nível de serviço" algo em torno de R$ 2,615 bilhões. Claro que isso não vai acontecer e claro que lobby existe para isso também, não é verdade? Mas abre um precedente que pode desencadear em algo maior, que foge ao segmento de banda larga e tem conexão direta com "atendimento ao cliente".
Primeiro foi a "black list" de telemarketing, agora a qualidade da banda larga, já teve a fila de espera nos bancos. Será que em breve teremos alguma medida cautelar para empresa de cartões de crédito e operadores de telefonia celular (é só ver as campeãs em reclamações no Procon)? Pelo menos abrirá precedente para as operadoras de telefonia celular. Se lá os alertas ainda não ligaram, podem ser pegos de calças curtas. Em estratégia de marketing, quem não ouve o que o cliente tenta dizer (nem estou falando de pesquisa de mercado) comete o erro mais primário. Ótimo para a Anatel, quem sabe os clientes agora poderão usufruir do que realmente pagam. E fica o recado, ouvir poder ser bom, mesmo para setores de "quasemonopólios".
fonte: Folha
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